Um embaralhador foi encontrado no gabinete do conselheiro do TCE-RJ
Domingos Brazão Foto: Ruano Carneiro/ Alerj
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que Domingos Brazão, ex-deputado estadual no Rio de Janeiro e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) utilizava um embaralhador em seu gabinete para não ser gravado, nem grampeado.
O equipamento foi encontrado pelos agentes da PF em 2017, no gabinete do homem que agora foi apontado como mandante da morte de Marielle Franco.
No ato da apreensão do embaralhador, a PF anotou o que era o equipamento: “Supostamente utilizado para embaralhar/interferir em equipamentos que emitam sinais eletromagnéticos, como, por exemplo, telefones celulares, dispositivos ocultos de escuta ambiental, impossibilitando a transmissão de diálogos travados no ambiente”.
Na ocasião, Brazão era investigado pela Operação Quinto do Ouro, que apurava pagamentos de propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Ele chegou a ser preso temporariamente, mas logo foi solto.
O Ministério Público Federal (MPF) apontou que, relatos presentes na investigação, falavam também que Brazão trocava constantemente de aparelho telefônico. Ele ainda responde à ação penal referente à investigação que o acusava pelos crimes de corrupção e organização criminosa.