Petrobras perde R$ 70 bilhões; Haddad se exime e culpa Lula

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“Ao contrário do que foi veiculado, não houve interferência de ministros”, falou titular da Fazenda

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Nesta sexta-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente da Petrobras é “quase um ministro” e precisa ter uma relação muito próxima com o presidente da República, visto que comanda a maior companhia do país, que é estratégica para o Brasil.

Haddad comentou com jornalistas a demissão de Jean Paul Prates e as repercussões da saída, como o valor da companhia. Ele disse estar atento.
– É natural que possa haver uma troca [no comando da Petrobras] a depender do julgamento do chefe do Executivo. Nós, ministros, procuramos auxiliar quando somos chamados. Eu mesmo fui chamado para dirimir a questão dos dividendos, que na minha opinião foi bem resolvida. A Fazenda está participando mais, com assento no conselho, mas essa é uma escolha do presidente da República – falou o ministro.
Questionado sobre ter sido consultado a respeito da troca do comando da estatal, Haddad disse que sabia da intenção da mudança desde que os rumores começaram a circular na imprensa.
– Eu próprio não participei. Uma coisa é você opinar, falar o que você pensa. Outra coisa é a escolha do nome. Aí é uma escolha do presidente da República, como foi em todas as ocasiões em que o Lula presidiu o Brasil. Sempre foi uma escolha muito pessoal dele, sem interferência de ministro, como nesse caso também aconteceu. Ao contrário do que foi veiculado, não houve interferência de ministros, foi uma escolha pessoal dele – reforçou o ministro.
Nesta semana, a Petrobras perdeu R$ 68,1 bilhões com a forte queda das ações em reação do mercado causada pela troca do presidente Jean Paul Prates e receio de ingerência do governo federal no comando da empresa, segundo a CNN Brasil.

*AE

 

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