Imagem divulgada pelo deputado Valmir Assunção (PT-BA), no instagram.
Deborah Sena
De acordo com o presidente da Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia (Agronex), Mateus Bonfim, de um total de 200 produtores rurais associados, mais de 40 permanecem com suas propriedades invadidas por grupos indígenas submetidos a um comando político.
“O chefe dessas invasões é o mesmo que está por trás das ações do MST na Bahia. Mas do que adianta todo mundo saber, se ninguém faz nada? Sou eu quem vai prender Valmir [Assunção]?”, desabafou.
Bonfim afirmou ao Diário do Poder que o grupo responsável pelo terror dos fazendeiros no extremo sul baiano tem dois caciques: o primeiro se autodenomina liderança étnica à frente das ações criminosas, e é conhecido na região como cacique Renato. Já o segundo, seria mandante e apoiador político: o deputado petista Valmir Assunção, denunciado pelo relatório da CPI do MST por forte vínculo com ações criminosas ligadas ao Movimento Sem Terra.
O grupo liderado pelo Cacique Renato teria avisado, na última semana, que novas invasões ocorrerão, ordenando a proprietários de terras do interior baiano que deixem suas fazendas. Segundo o presidente da associação, avisada, a polícia disse não poder fazer nada.
“A gente vai até Brasília, procura parlamentares, mas não adianta. O governo não faz nada. Estamos tentando agenda com o presidente da Funai, mas ele sempre declina, alegando ter outros compromissos”, completou.
O representante fez chegar ao Diário do Poder o relato de Renilton Pataxó , que denuncia assassinato do filho por suposto interesse político. “Tiraram a vida do meu filho para incriminar fazendeiros. Para tomar o que é deles[produtores]. Para virar crise e fome na região”
O relatório assinado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP) à CPI do MST fez comentário sobre o mecanismo que envolve supostos grupos indígenas, adjetivando as ocorrências como: “avassaladora onda de invasões, perpetrada por uma mescla de sem-terra, alegados indígenas e vários grupos integrantes do crime organizado infiltrados nas ações de invasão terra no sul da Bahia”
O governo Lula manobrou pela retirada do indiciamento de Valmir Assunção no escopo da CPI.
DIÁRIO DO PODER