Mais de 23 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado criado pela Cruz Azul
Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
A Cruz Azul no Brasil, entidade sem fins lucrativos que promove uma vida sem drogas, criou um abaixo-assinado virtual para que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não descriminalize o porte de maconha para consumo próprio.
O julgamento foi paralisado no dia 25 de agosto, com 5 votos a favor e um contrário. Votaram a favor Gilmar Mendes (relator), Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Rosa Weber. Contra, apenas Cristiano Zanin.
Os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux ainda não votaram. O julgamento foi interrompido a pedindo do ministro André Mendonça que tem 90 dias para devolver o tema à pauta.
O abaixo-assinado, a entidade que cuida de dependentes de drogas fala das várias evidências científicas que comprovam os intensos malefícios dos entorpecentes.
– As pesquisas apresentadas são chocantes, pois apontam que a maioria dos usuários começa a usar antes dos 18 anos, fato que agrava ainda mais os problemas permanentes e contínuos que geram na vida desses usuários – declara parte do documento que cita estudos II Lenad – Levantamento Nacional de Álcool e Drogas e outros feitos nos Estados Unidos, Suécia e Holanda.
A Cruz Azul também fala sobre os crimes cometidos por usuários de drogas, citando dados nacionais.
– No Brasil, em média, mais da metade dos crimes contra o patrimônio são cometidos por usuários de drogas para manter o vício e mais da metade dos homicídios, principalmente de adolescentes e jovens, tem relação direta com a disputa de espaço por tráfico de drogas.
Questões legais e sociais também foram levantadas na petição que já conseguiu mais de 23 mil assinaturas.
DIÁRIO DO PODER