PCdoB e PV reclamam após ficarem de fora da chapa

A POLÍTICA COMO ELA É

Foto: Divulgação

Por Rodrigo Daniel Silva 

 
O PCdoB e o PV, que queriam indicar o candidato à suplência do senador Otto Alencar (PSD), protestaram após a vaga ficar com o PT. No final de semana, o ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa (PT), foi anunciado como o nome escolhido para ocupar o espaço. Segundo texto divulgado pela assessoria de campanha de Jerônimo Rodrigues (PT), o nome foi definido pelos oito partidos que estão no arco de aliança da composição petista. 

Em nota divulgada à imprensa, o PCdoB negou que a escolha de Terence Lessa seja uma unanimidade no grupo político. “A informação divulgada de que a indicação do nome do suplente teria sido de forma unânime não corresponde com os fatos. O PCdoB, que pleiteia a indicação, não foi consultado, apenas comunicado de uma decisão que deveria ter passado por um debate na Federação (PT-PCdoB-PV) e pelo conjunto dos partidos da base aliada do governo do estado. O PCdoB-Bahia é contra a indicação de mais um nome de um partido que já compõe a chapa majoritária. A chapa deve refletir o conjunto da participação das forças políticas que integram a aliança. Portanto, registramos a nossa insatisfação com o processo de decisão, o que não ajuda na boa relação das forças políticas que compõem a coligação e na condução da campanha”, diz o comunicado do partido, que é presidido no estado por Davidson Magalhães. 

O Partido Verde também diz ter sido “pego de surpresa” com o anúncio do nome de Terence Lessa para a suplência de Otto Alencar. “Participamos da discussão sobre a definição da suplência, e nos foi pedido, assim como aos outros partidos da base, nomes que trouxessem capilaridade no interior do estado. O presidente do PT Bahia (Éden Valadares) nos disse inclusive que considerava justo que a suplência viesse de outros partidos que não o PT”, declarou Ivanilson Gomes, presidente do PV Bahia. 

O PV, que saiu de sua convenção com o indicativo de Gomes para a suplência, alterou a indicação para o ex-deputado federal e forrozeiro Edgar Mão Branca, para atender esse critério, segundo o partido. “Mão Branca tem muito mais capilaridade e identidade com a população baiana, seja pelo mandato de deputado federal que já exerceu seja pela música que leva aos quatro cantos da Bahia”, acrescentou Ivanilson. Ainda de acordo com Gomes, “o PT definiu de forma unilateral e solitária sua chapa, demonstrando ausência de espírito colaborativo e democrático. Nesse caso, a candidatura de Otto passa a ser responsabilidade única e exclusiva do PT, e entenderemos a mensagem. Esperamos que as notícias sobre a suplência não passem de especulações. Reforçamos nossa indicação. O PV traz uma mensagem global, e Mão Branca interioriza essa mensagem”. 

TRIBUNA DA BAHIA

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