No programa Os Pingos nos Is da última terça-feira (13), uma das principais pautas em debate foi o passado (e o presente) nada honroso do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz.
O repórter e apresentador Vitor Brown fez um ‘resumo’ das notícias sobre Aziz:
“O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz, que chamou o presidente Bolsonaro de ‘agressor de mulheres’, tem um passado complicado e cheio de acusações. Ele é conhecido, no meio político, por suas ações suspeitas de corrupção, desvios, e até pedofilia durante sua trajetória”, apontou ele.
Brown ainda lembrou a declaração de Patrícia Saboya, presidente de CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 2005, durante uma entrevista à revista IstoÉ, quando afirmou que o pior momento da CPI foi o caso do vice-governador do Amazonas na época, Omar Aziz, acusado de abusar sexualmente de adolescentes:
“O caso mais forte foi o do Amazonas. Houve uma intensa mobilização da bancada do estado e de alguns parlamentares para proteger o vice-governador Omar Aziz, que era suspeito de envolvimento em exploração sexual de menores. Ele acabou absolvido por 1 voto, e foi o único caso de pessoa suspeita a não ser indiciado pela CPI, apesar de ter seu nome incluído no relatório final”, contou Patrícia, na entrevista.
Ao comentar a escolha de Omar Aziz e Renan Calheiros para a composição da Mesa da CPI, Guilherme Fiuza foi afiado, como sempre:
“A maioria da imprensa está brincando de ‘cacifar’ Omar Aziz, fazer Renan Calheiros de justiceiro, etc. Enquanto o Brasil discute Omar Aziz, manobras pouco republicanas tentam embargar o aprimoramento do processo eleitoral com o voto auditável […]Tudo fica em segundo plano por conta deste espetáculo. Então é isso, feito para isso, feito para distrair a atenção, é feito para colocar o país neste marasmo dessa polêmica inútil, e está dando certo”, disparou ele.
Já Cristina Graeml aproveitou para questionar a moral de Aziz para criticar o presidente Jair Bolsonaro:
“Quem é Omar Aziz para vir falar que o presidente da República não tem sensibilidade, não respeita mulheres, é motoqueiro? Quem é o senador para falar depois que ele teve três irmãos presos, a esposa dele presa e que ele próprio só não foi indiciado, como revelou o deputado estadual Fausto [Júnior] no outro dia, na própria CPI, que ele próprio não foi indiciado só porque tinha foro privilegiado”, apontou ela.
Augusto Nunes, como sempre, foi cirúrgico em sua análise:
“Esta CPI foi feita, realmente, para desviar as atenções que deveriam estar concentradas em assuntos muito mais importantes. Sobre o ‘currículo’, o prontuário do Aziz, agora eu entendi: ele respeita mulheres, ele só faz o que está dito aí, no relatório, com adolescentes e crianças do sexo feminino”
Jornal da Cidade