Para Ramagem, fotógrafo do 8 de janeiro ‘dirigiu cena’ de depredação

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Deputado quer quebra de sigilo telefônico de Adriano Machado

Profissional ligado a Agência Reuters durante oitiva no Senado – Foto: Agência Senado

As questões levantadas pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) durante oitiva na CPMI do 08 de janeiro foi um marco na separação dos comportamentos apresentados pelo fotógrafo da Reuters, Adriano Machado, durante a oitiva. Perguntado se disponibilizaria seu sigilo telefônico à apreciação da Comissão, o fotógrafo chegou a gaguejar e tentar falar sob uma aparente tensão, sem concluir raciocínio. Na sequência, consultou seu advogado e recusou a proposta de Ramagem. “Estou aqui na condição de testemunha”, justificou.

O deputado Delegado Ramagem disse que o inquirido foi contratado para fazer “um ensaio [fotográfico] de Golpe” com os manifestantes que registrou durante o tempo que ficou no Palácio.

Ainda de acordo com o parlamentar há uma coincidência na presença de Machado durante dois eventos: 08 de janeiro [depredação dos prédios da esplanada] e 12 de dezembro [invasão da sede da Polícia Federal]. “É incrível a coincidência de o senhor estar nesses dois episódios, em locais e horários privilegiados. É estranho que o senhor sequer tenha sido chamado pelas autoridades a depor como testemunha ocular, diferente da jornalista Klio Irano que continua presa”, comparou.

Na avaliação do deputado, o fotógrafo faltou com a ética e atuou em consonância com os manifestantes que pareciam pousar para as lentes da agência Reuters e até chegaram a checar a qualidade das imagens feitas por Adriano.

“O senhor não foi testemunha passiva. O senhor influenciou, auxiliou e dirigiu uma cena de dano ao patrimônio público”, refletiu o parlamentar. Ramagem destacou a apresentação de requerimento para a quebra do sigilo telefônico e telemático do fotojornalista “para elucidar questões de total interesse público e para o bem das investigações”.

DIÁRIO DO PODER

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