De acordo com senadores, a jogada é apoiar o presidente do TCU para a vaga no STF e, em troca, herdar o cargo de Bruno Dantas. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Cláudio Humberto
Senadores de diferentes espectros políticos estão desapontados com os sinais de que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) embarca em um projeto que constrange por apequenar o próprio presidente do Senado. A ideia seria garantir a boquinha de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de assessoramento do Poder Legislativo, desistindo do projeto de virar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De assessorado, Pacheco passaria a assessor, em troca do cargo vitalício.
Toma lá, dá cá
De acordo com senadores, a jogada é apoiar o presidente do TCU para a vaga no STF e, em troca, herdar o cargo de Bruno Dantas.
Olho na boquinha
Se Dantas for para o STF, a vaga no TCU será preenchida por indicação do Senado. Pacheco quer essa boquinha vitalícia, garantem senadores.
Mudança de atitude
Isso estaria na origem na mudança de Pacheco, que repentinamente deixou de impedir que senadores discutam mandato e limites para o STF.
Opção seria Justiça
Como a decisão será de Lula, Flávio Dino poderá ser o escolhido para o STF. Aí restaria a Pacheco a opção comandar o Ministério da Justiça.
Lula fez três pagamentos à ONU em 2023. O maior, de R$130 milhões (95% do total) foi em agosto, às vésperas da assembleia em Nova York. (Foto: Flickt/Planalto)
Pagamentos do Brasil à ONU despencam com Lula
Os pagamentos que o Brasil realiza à Organização das Nações Unidas (ONU) todos os anos estão no menor nível desde 2019. Dados do Portal da Transparência apontam que após receber mais de R$506 milhões no em 2022, a ONU recebeu até agora no primeiro ano do terceiro governo Lula (PT) apenas R$134 milhões dos R$ 847 milhões que estavam previstos. Outros R$174,3 milhões, apontam os dados, foram pagos a título de restos a pagar do último ano da administração anterior.
Pouco antes
Lula fez três pagamentos à ONU em 2023. O maior, de R$130 milhões (95% do total) foi em agosto, às vésperas da assembleia em Nova York.
De primeira
O governo Bolsonaro, que manchetes tratavam como suposto “anti-ONU”, deu R$681 milhões ao organismo no primeiro ano de mandato.
Realidade é outra
Sob Bolsonaro, a ONU recebeu mais de R$869 milhões em 2021 do Brasil, recorde dos últimos cinco anos. No total, mais de R$2,7 bilhões.
Perdido no tiroteio
O senador Sergio Moro (União-PR) foi direto ao ponto, quando descreveu o avanço da criminalidade no País: “A segurança pública no Brasil está em frangalhos e o Governo Lula não sabe o que fazer”.
STF governando
Senadores ficaram impressionados com a ousadia do STF, que, em meio à polêmica sobre intromissão em outros poderes, voltou a fazer política pública, fixando prazo para o governo melhorar as condições carcerárias,
Fracasso institucional
“É duro, mas tenho que reconhecer que o tribunal do crime no Rio é mais rápido, mais eficiente que os tribunais de justiça do país. O governo do PT deveria se envergonhar”, admitiu o deputado Alberto Fraga (PL-DF).
Alô, B3, alô, CVM
Clientes da Nuinvest reclamam de comprar gato por lebre: pagam R$ 96,50 por cota do fundo imobiliário BBPO11, de agências do Banco do Brasil, e recebem TVRI11, ao custo de 10 reais a menos. A Nuinvest diz que BBPO mudou para TVRI, mas oferece ambos à clientela desavisada.
Teorias à parte
Afora as teorias de conspiração, a invasão da conta de jornalista (que por “coincidência” publicou denúncia contra o governo) no “Gov.br”, revela no mínimo que o app do serviço federal de emissão de documentos é frágil.
Outra filosofia
O governador Tarcísio de Freitas (Rep) defende desestatizar áreas de apoio à Educação, em São Paulo: “Antes as diretorias de ensino cuidavam da contratação de vigilância, merenda, zeladoria. Isso não dá certo. Professor tem que estar em sala de aula para pensar pedagogia”.
A caminho do brejo
Os desacertos da equipe econômica provocam o enfraquecimento do real frente ao dólar. Após fechar agosto em R$4,95, a moeda americana chegou a subir para R$5,08 e encerrou setembro valendo R$5,02.
Fake news
A conta oficial do governo do Brasil no ‘X’, ex-Twitter, comemorou os 20 anos do Estatuto do Idoso com postagem inventando até legislação inexistente: o “direito de envelhecer”, na prática, não existe.
Pensando bem…
…governo “excêntrico”, dança “exótica”.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO