Alguns seguidores do Blog, que têm dúvida sobre o futuro da política barreirense, perguntam-me, em determinados momentos, se temos alguma previsão sobre os destinos do nosso futuro político.
Antes de tudo, é bom salientar, ninguém possui o poder da adivinhação, a chamada bola de cristal, muito menos o que sai da cabeça dos políticos. O que eles pensam e fazem, o que eles projetam, sempre são caminhos em prol de si próprios e dos seus aliados. Quem pensar de modo diferente, simplesmente estará contrariando o óbvio.
Então, como não temos o poder de prever tais acertos, vamos dar vez ao tempo, pois as decisões apressadas sempre são corrigidas, seja através de coligações ou do surgimento de novos aliados, ou qualquer coisa que o valha.
Mesmo assim, se nos reportarmos à última eleição, é fácil prever que a coligação entre o atual gestor, o grupo da deputada Jusmari e o do ex-prefeito Antônio Henrique está praticamente desfeito, justamente pelos seus posicionamentos para o próximo pleito.
O prefeito Zito, integrante do DEM de ACM Neto, já está fechado com o seu chefe e não arredará o pé dos caminhos que o conduzirão a eleição majoritária para escolha do novo governador baiano. Ganhando ou perdendo.
A deputada Jusmarí, ligada umbilicalmente à chapa do indicado para suceder o atual governador, pelo seu partido, o PSD, também está apoiando incondicionalmente o seu marido Oziel Oliveira a Deputado Federal, campanha que está atualmente com o reforço da presidência da ADAB, através da nomeação do seu cônjuge pelo governador Rui Costa. A ADAB, então, hoje, é o grande suporte do homem da gasolina.
Os que estão sendo liderados pelo grupo do deputado Toinho, mesmo que sejam aliados do governador baiano nas eleições legislativas, não seguirão o que determinou o pacto que consagrou a reeleição do prefeito Zito. Apenas ainda não foi definido quem será o preferido do grupo para Deputado Federal.
Como vemos, a política é uma espécie de tabuleiro de xadrez, onde as jogadas são pensadas e repensadas à exaustão. Verdade que aqui ou acolá podem surgir discordantes, mas no geral a finalidade é a mesma: derrotar o adversário.
Mudanças poderá haver, mas no âmbito geral é como externamos acima. A política, todavia, é um jogo de difícil prognóstico. Ninguém pode garantir o que acertou. Está no DNA (90%, mais ou menos) de quem se atreve a ser político.
Itapuan Cunha
Editor
OS: Oportunamente citaremos opinião sobre candidaturas legislativas.