Presidente da Fundação Índigo afirmou que escalada da violência afeta a educação das crianças e tira a paz das famílias
Ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto disse nesta quinta-feira (13) que a escalada da violência na Bahia é assustadora. “Somente esta semana, várias ocorrências trouxeram dor e sofrimento em nosso Estado”, afirmou ACM Neto, em suas redes sociais.
O ex-prefeito citou como exemplo a morte da estudante universitária Camila dos Santos, 23 anos, atingida por uma bala perdida na praça Lord Cochrane, que faz a ligação entre as avenidas Anita Garibaldi e Reitor Miguel Calmon, em pleno centro da capital baiana. “Ela (Camila Silva) foi brutalmente assassinada. No interior, a realidade não é diferente: uma criança de 10 anos foi assassinada em Juazeiro e uma família foi sequestrada em Jequié. Isso, inclusive, afeta a educação de crianças e jovens porque 46 escolas, somente em Salvador, foram obrigadas a suspender as aulas este ano por causa da violência”, disse ACM Neto.
O presidente da Fundação Índigo acrescentou que, somente nos últimos dois meses, foram registrados 300 tiroteios na capital baiana e Região Metropolitana de Salvador, provocando 229 mortes.
“São 17 anos de governo do PT, 17 anos de inércia, 17 anos em que as famílias perderam a condição de viver em paz. E a pergunta que fica é: o que o governo estadual está fazendo? Quais as medidas tomadas pelo governador Jerônimo Rodrigues para conter a escalada de violência? E a resposta é: nenhuma medida foi tomada, pelo contrário, o que o governo faz é negar, é procurar culpados e desculpas, é empurrar a responsabilidade para os outros”
ACM Neto disse, ainda, que os baianos estão cansados da omissão do governo estadual. “Chega, nós queremos trabalho, nós queremos decisão, nós queremos um governo que invista nas polícias (Civil e Militar), um governo que traga tecnologia e mude a realidade dos presídios e que se preocupe com a vida das pessoas. Um governo que cuide de verdade da segurança pública, o que não está acontecendo em nosso Estado”.
CORREIO DA BAHIA