Orçamento de campanha foi motivo para Otto desistir de candidatura

Política e Políticos

Foto: Assessoria / Senado

Por Henrique Brinco 
O principal assunto da política baiana nesta semana é a formação da chapa do grupo formado por PT, PSD e PP. O grupo vem registrando grandes reviravoltas com as desistências de Jaques Wagner (PT) e, posteriormente, de Otto Alencar (PSD), para a corrida ao Governo da Bahia. 

Nos bastidores, algumas coisas pesaram. Wagner abriu mão da cabeça de chapa para contemplar o PSD e o PP, já que o governador Rui Costa pretendia ocupar a vaga do PT na chapa majoritária sendo candidato ao Senado. Neste arranjo, Otto seria o candidato a governador. Contudo, no último fim de semana, o acerto mudou. 

De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, a baixa disponibilidade de recursos para organizar uma pré-campanha foi um dos fatores determinantes para Otto se recusar a entrar na eleição ao Palácio de Ondina e decidir tentar a reeleição. 

Otto vem afirmando que nunca foi candidato a governador e que a oportunidade não o empolgava. Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, também declarou publicamente ser contra a ideia. Segundo aliados do senador, o orçamento curto para preparar a candidatura foi o que provocou a desistência. 
Ainda segundo a publicação, Otto teria de fazer uma intensa agenda de viagens pela Bahia para marcar posição e se tornar um nome competitivo frente a ACM Neto (UB) – este sim conta com um orçamento robusto. O senador vinha alertando políticos do PT e de outros partidos sobre a incapacidade de levantar fundos para a pré-campanha.   

Otto não foi encontrado pela Tribuna para comentar o caso. Ontem, em entrevista à Metrópole, ele disse que nunca se colocou como candidato ao Governo. “Eu nunca me coloquei como candidato a governador, quem colocou foi [uma parte] da imprensa. Sempre me coloquei como candidato a senador. Agora em diante o Partido dos Trabalhadores tem que fazer os entendimentos com a base, com os outros partidos e nós vamos pra luta. Pra trás não adianta. Agora vamos pra frente, o candidato vai vir. É buscar alguém que possa se comprometer a dar continuidade ao trabalho maravilhoso de Rui Costa. Conversei com Leão, como converso todos os dias, não tratei de nenhuma posição de governo. É uma situação já resolvida. Minha posição é muito clara, de aliança com o PT e com a base. Vou caminhar com o candidato que vier. Wagner é o coordenador e vai ouvir os outros partidos. O anúncio vai vir do presidente Lula”, declarou.  

O PSD também não pretende fazer grandes investimentos nas candidaturas de governadores. O partido do centrão tem como objetivo eleger uma bancada numerosa na Câmara dos Deputados e vem afirmando que terá uma candidatura própria para o Palácio do Planalto. O governador gaúcho, Eduardo Leite, é o favorito para concorrer à Presidência pela legenda. No entanto, não está descartada uma aliança com o ex-presidente Lula. 

TRIBUNA DA BAHIA

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