“Ele vai me enfrentar, e nós vamos derrotá-lo”, afirmou María Corina Machado
A ativista da oposição venezuelana María Corina Machado em manifestação Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez
A líder opositora venezuelana María Corina Machado afirmou nesta segunda-feira (29) que vai concorrer às eleições presidenciais deste ano como candidata pela maior coalizão de oposição ao governo, apesar de uma sentença determinada na última sexta (26) pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que ratificou que ela está impedida de participar de eleições até 2036.
– Quer [Nicolás] Maduro queira ou não, ele vai me enfrentar, e nós vamos derrotá-lo nas eleições presidenciais – declarou a ex-deputada liberal a jornalistas, descartando a possibilidade de alguém substituí-la como candidata da Plataforma Democrática Unida (PUD).
Ela lembrou sua vitória nas primárias da oposição em 22 de outubro, quando obteve 92,35% dos votos, o que lhe dá, segundo ela, a legitimidade para disputar as eleições deste ano, ainda sem data definida, nas quais Maduro deve tentar seu terceiro mandato.
– Eles não podem realizar eleições sem mim (…) Eu represento a soberania – disse Machado, acrescentando que a decisão do TSJ, que ela descreveu como um ato de “delinquência judicial”, “será revertida”.
– Não vamos parar, vamos intensificar nossos planos (…) temos movimentos muito bem pensados para superar um a um todos esses obstáculos que são colocados à nossa frente, garanto a vocês que ficarão surpresos – declarou, sem dar detalhes desses planos.
Machado salientou que os líderes chavistas sabem que perderão a eleição e, por isso, acredita que a melhor opção para esse movimento político, que está no poder desde 1999, é uma negociação política que permita uma mudança pacífica no governo.