Segundos antes da aprovação acachapante, Orlando Silva (PCdoB-SP) pagou mico, acusando os governistas de “não terem voto pra aprovar”. Foto: Câmara dos Deputados/Reprodução
André Brito
Parlamentares de oposição passaram vergonha, ontem, na Câmara dos Deputados, ocupando os holofotes com críticas à PEC dos benefícios sociais, ataques ao governo Bolsonaro e acusações de “uso eleitoreiro” do Auxílio Brasil, do vale-gás, dos vouchers para caminhoneiros, taxistas etc. Mas, na hora agá, votaram favoravelmente à expansão dos benefícios: a goleada foi de 393 votos a 14.
Hipocrisia é assim
A líder do PSOL, deputada Sâmia Bonfim (SP), acusou a PEC de ser eleitoreira, criticou o governo e o presidente. E orientou “voto sim”.
Lavada
A PEC mais apelidada da História (“bondades, “camicase” etc) recebeu apoio maior que o impeachment de Dilma, derrubada com 367 votos.
Hipocrisia exposta
A deputada Aline Sleutjes (Pros-PR) ironizou a atitude da oposição de criticar Bolsonaro, obstruir, protelar, criticar… e depois pedir voto sim.
Pagando mico
Segundos antes da aprovação acachapante, Orlando Silva (PCdoB-SP) pagou mico, acusando os governistas de “não terem voto pra aprovar”.
Senador Reguffe. Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
União Brasil descarta Ruguffe e abre crise no DF
Com a pré-candidatura liberada por decisão do presidente do STJ, o ex-governador José Roberto Arruda já inviabilizou um adversário, o senador Reguffe. Ele ontem acusou o próprio partido, União Brasil, de trocar sua candidatura pela vaga de vice do político preso na Operação Caixa de Pandora, que investigou corrupção em sua gestão. Reguffe acusou a articulação de “forças ocultas” e ameaçou deixar a política. O presidente do partido no DF, Manoel Arruda, é o favorito para ser vice.
Desconfiança
A pré-candidatura de Reguffe enfrentava a desconfiança do União Brasil, que não o considera um “homem de partido”.
Falta anunciar
Arruda ainda não fez anúncio oficial, mas sua decisão de disputar o governo do DF é considerada certa pelos aliados.
Ibaneis favorito
José Roberto Arruda não terá vida fácil: aprovado por 52% dos brasilienses, o governador Ibaneis Rocha é o favorito na disputa.
Mandou bem
O presidente Jair Bolsonaro fez um gesto importante, ao ligar por Facetime para a viúva do guarda civil Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu, para lamentar a tragédia e apresentar condolências.
Como manda a lei
A direção da PF confirmou ao Diário do Poder que a instituição vai destacar seguranças para os candidatos a presidente, mas só depois de serem homologadas pela Justiça Eleitoral, como manda a lei.
Frente ampla
O baixo estoque de diesel foi destaque dos ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia), que alertou para prazo de 50 dias antes de possível falta, e Carlos França (Itamaraty), que já negocia comprar na Rússia.
Tamo junto
Finalmente o presidente da Rússia, Vladimir Putin, igualou a disputa com o Judiciário brasileiro e também decidiu prender um deputado no exercício do mandato por sua opinião contra a guerra.
Tunga confirmada
Mesmo com repercussão negativa, o aumento dos gastos de pessoal com os “marajás” do serviço público foi aprovado pelo Congresso sem qualquer polêmica. Quem ficou a pandemia toda numa boa, recebendo em dia, vai embolsar mais R$202,5 milhões do pagador de impostos.
Adeus a Gilberto
Gilberto Amaral, 87, faleceu em Brasília. Fez História como decano do colunismo social, mas, apaixonado pela notícia, publicou grandes “furos” sobre política e economia ao longo de décadas. Fará muita falta.
ECA, 32
O então presidente Fernando Collor assinava há 32 anos, em 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Era a Lei nº 8069, uma das mais completas do mundo na proteção de menores.
Esperar para ver
O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) criticou a PEC da enfermagem. Além de ser contra o piso na Constituição, ele disse que muitas cidades vão quebrar. “Em muitos municípios, o prefeito não ganha R$4.750”.
Pergunta aos ‘especialistas’
Se emenda constitucional era inconstitucional, como alega a oposição, o que fazer com as 111 que já existem?