Diretor-geral do órgão reduziu o surto da doença no Brasil à parte de aumento em escala global
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR
Em visita ao Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, nesta quarta-feira (7), que o surto de dengue registrado no país faz parte de um grande aumento de casos da doença em escala global. Segundo ele, foram relatados, ao longo de 2023, 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países de todas as regiões, exceto a Europa.
Por nutrir estreito relacionamento com Lula, Tedros ignorou em sua declaração a negligência do petista com as vacinas contra a dengue, que produziram alto impacto na crise sanitária que o país enfrenta.
Durante a cerimônia de lançamento do programa Brasil Saudável, o diretor-geral da OMS se ateve em dizer apenas que o fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas globais, vem contribuindo para o aumento de casos de dengue no Brasil e no mundo.
O diretor-geral da OMS comentou ainda a vacinação contra a doença e disse que o país tem uma capacidade gigantesca de produção de insumos desse tipo.
– O Brasil está fazendo seu melhor. Os esforços são em interromper a transmissão e em melhorar o controle da doença – disse.
– Temos a vacina e isso pode ser usado como uma das ferramentas de combate – completou sem mencionar a culpa de Lula pela falta de vacinas em território brasileiro.
Em julho do ano passado, o governo petista alegou prestigiar a produção da vacina nacional, do Instituto Butantan, que não tinha, sequer, data prevista para a conclusão de suas pesquisas. Ou seja, sem perspectiva para ser aprovada e pronta, de fato. Com isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não teve outra opção: ficou sem receber vacina contra a dengue.
A decisão do governo Lula desencadeou um recorde da doença em todo o país. O número de casos só nas duas primeiras semanas deste ano foi mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado: 55,8 mil casos prováveis.