O Senado precisa se levantar para cumprir o seu dever e adquirir o respeito dos brasileiros. A declaração é do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), durante participação no programa Oeste Sem Filtro, da Revista Oeste. Defensor do “voto aberto”, o parlamentar é candidato à presidência para a 57ª legislatura da Casa, sendo oposição ao atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca a reeleição.
“Vamos precisar muito da sociedade para mudar o Senado”, disse Girão, nesta terça-feira, 24. “Teremos de somar nessa eleição. O Senado precisa se levantar, adquirir o respeito da sociedade brasileira e cumprir o seu dever. O brasileiro está cabisbaixo e com medo de falar. Se até os parlamentares, os jornalistas e os artistas estão com medo, imagina eles.”
Para eleger o novo presidente da Casa, é necessário que o escolhido tenha pelo menos 41 votos. Nesse sentido, quanto mais candidatos à vaga tiver, menos chances Pacheco, criticado por não frear o Supremo Tribunal Federal, tem de ganhar. “Vai ter o segundo e, até mesmo, o terceiro turno, se precisar”, explicou Girão. “Nesse meio tempo, vão ter debates. Além disso, o nosso trunfo é o voto aberto, pois quem não mostrar o voto vai demonstrar que não gosta da renovação.”
Os senadores não são obrigados a mostrar seus votos para presidente do Senado. Entretanto, podem mostrar se assim desejarem. Girão está usando as redes sociais para pedir que cada eleitor pressione seu senador, a fim de que ele divulgue seu voto em 1° de fevereiro, quando ocorre a eleição para o Senado.
Entre suas promessas de campanha, Girão destacou uma que poderá crescer os olhos dos parlamentares: caso ele se torne o novo presidente da Casa, cada senador vai ter pelo menos um projeto pautado em plenário. Isso independerá do partido ao qual ele pertença.
O candidato à presidência do Senado disse ainda que poderá pautar o impeachment dos ministros do STF. Segundo Girão, atualmente, diversos senadores desejam votar esse tema, mas, por decisão “monocrática” de Pacheco, a deposição dos ministros está paralisada. “O povo precisa acompanhar a votação para presidente do Senado como se fosse a final da Copa do Mundo, mas com o Brasil jogando”, concluiu Girão.
REVISTA OESTE