Em uma conversa com apoiadores que aguardavam sua chegada ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro comentou a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes abriu um novo inquérito, cujo alvo são os filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro.
“As nossas práticas, como diferem muito dos [governos] anteriores, a pressão vem para cima da gente, pra cima da família. [Foi aberto um] inquérito especial para dois dos meus filhos hoje: o mais velho e o 02 sobre Fake News. Não tem problema. Se jogarem fora das 4 linhas da Constituição, entramos no ‘vale-tudo’ no Brasil. Se é vale-tudo, é vale-tudo”, afirmou.
O presidente fez questão de salientar as semelhanças entre a estratégia usada por Alexandre de Moraes e as utilizadas na época da ditadura:
“Então, esse negócio de prender esposa, irmãos e filhos é das ditaduras. Não acha o cara em casa, prende a esposa e prende os filhos. Então, se a ideia for essa, se avançarem, entro no campo minado chamado ‘vale-tudo’. E no vale-tudo, vale-tudo para os dois lados”, apontou ele.
E aproveitou para comentar sobre uma possível articulação entre ministros do STF para impedir a implementação do voto impresso auditável no Brasil:
“Alguns querem que eu tome medidas drásticas. Olha, eu não vou chutar o pau da barraca, mas se chutarem, eu acho que a força é muito maior para o nosso lado”, avisou ele.