O que disse Marco Aurélio sobre fala de Marcos Cintra

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Ex-secretário foi censurado por pedir que haja investigações sobre denúncias de irregularidades nas urnas eletrônicas

O então presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, durante sessão em que anunciou o crescimento de 4,43% no número de eleitores aptos a votar nas eleições de outubro – 09/05/2014 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello saiu em defesa do economista Marcos Cintra, ex-secretário do governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), nestas eleições. Cintra foi censurado no Twitter pelo ministro do STF Alexandre de Moraes por pedir investigações sobre as urnas eletrônicas.

“Cintra não cometeu crime algum”, disse Mello, em entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira, 7. “Ele apenas exteriorizou uma preocupação e disse que se impunha a tomada de providências pela Justiça Eleitoral para verificar o fato.”

Segundo Mello, o ex-secretário não tentou desmerecer o sistema eletrônico de votação. “Proferiu uma opinião”, observou, ao mencionar que a Constituição garante a liberdade de expressão e manifestação, além de vedar a censura.

“Eu imagino que Moraes leu o que falou em si o cidadão Marcos Cintra”, disse Mello. “E os atos determinados extravasam o campo da normalidade e mesmo do bom senso. Queremos que se retroaja a uma época já sepultada?”

Assim como Cintra, Marco Aurélio viu com estranheza as denúncias veiculadas. “É difícil conceber seção com dezenas de eleitores e se ter voto apenas para determinado candidato”, disse. “Me preocupa mais a questão de agrupamentos indígenas e quilombolas. Se se confirmar o que ele veiculou, têm-se aí verdadeiros currais eleitorais e evidentemente não há campo para isso.”

REVISTA OESTE

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