Lula durante lançamento de livro sobre sua prisão na Operação Lava Jato | Foto: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo
Depois de viver um antagonismo com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em quatro eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva disse ver o antigo rival já sem relevância no cenário político atual.
A declaração do pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência aconteceu na noite da terça-feira 31, durante o lançamento do livro Querido Lula. A obra reúne cartas enviadas ao petista enquanto esteve preso em Curitiba, depois das condenações na Operação Lava Jato.
“Me prenderam achando que a gente ia ficar mais fraco. E a verdade é que vocês fizeram eu sair da cadeia muito mais forte do que quando entrei”, declarou Lula no evento realizado no Teatro Tuca, em São Paulo.
“Uma vez, teve um senador do PFL (antigo DEM, agora União Brasil) que disse que era preciso acabar com ‘essa desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, continua crescendo e é um partido que conseguiu compor a maior frente de esquerda já feita neste país.”
Como candidato à Presidência, Lula teve o PSDB como principal adversário em quatro oportunidades. Nas eleições de 1994 e 1998, o petista acabou derrotado por Fernando Henrique Cardoso. Depois, em 2002, o líder de esquerda derrotou José Serra em segundo turno para chegar ao Palácio do Planalto pela primeira vez.
Quatro anos mais tarde, Lula se reelegeu vencendo o ex-tucano Geraldo Alckmin, que em 2022 vai compor a chapa do petista, agora como integrante do aliado Partido Socialista Brasileiro (PSB).
O lançamento do livro em São Paulo contou com a presença de petistas célebres, como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro Fernando Haddad, pré-candidato do partido ao governo de São Paulo neste ano. As atrizes Camila Pitanga, Denise Fraga e Cleo Pires participaram do evento, lendo algumas cartas que integram a obra.
PSDB em 2022
Na última semana, João Doria, vencedor das prévias do PSDB em 2021, anunciou que estava desistindo da candidatura à Presidência, em razão principalmente do desempenho nas pesquisas. Agora, o partido articula a participação na chapa chamada de centro democrático, ou ‘terceira via’, que deve ter a senadora Simone Tebet (DEM-MS) como candidata.
REVISTA DO OESTE
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