Em nosso país, a mentira e a fofoca adquiriram um nome norte-americano, uma definição moderna que até alguns legisladores e ministros togados tem se valido para justificarem suas próprias ações.
Todavia não se trata de novidade. Veio a bordo nas caravelas e sempre existiu em todos os países desse planeta. Nos últimos anos, um pouco antes da pandemia se tornaram muito mais frequentes. Está nos jornais, nas redes sociais e na mídia tradicional, logo que esta perdeu completamente sua credibilidade.
Um nome bonito por assim dizer, como todas as outras influências da língua inglesa adotadas por um bom número de imbecis em busca de notoriedade. Lembro até que Ariano Suassuna desprezava a todas com insistente veemência.
Essa febre de modificar uma simples liquidação de saldos no comercio, ou mesmo denominar determinadas funções burocráticas, políticas ou sociais com nomes ingleses tomou conta desse país de papagaios e macacos imitadores.
Declino solenemente de usar a que considero a mais perniciosa. Sim, aquela que denomina a mentira. Que faz do fato real simples narrativa e que serve para gerar conflitos e justificar canalhices.
A utilização dessa palavra serviu como luva para estabelecer o desgoverno que opera hoje no Brasil. A predominância da imbecilidade derrubou a maioria absoluta de ideais conservadores. Os iludidos venderam suas almas por promessa de picanha. Tudo porque quando pronunciada por muitas vezes a mentira gera uma verdade que até o mentiroso acredita.
Se o mais alto patamar da justiça mente, faz fofoca e gera conflito não há como se esperar que uma massa ignorante de iludidos imbecilizados não deixe de acompanhar esse processo.
Quando a verdade é subjugada pela força da mentira, quando a lógica é abafada pela estupidez, não poderia acontecer nada diferente.
Mesmo criticando o uso de termos ingleses, acabei adotando uma palavra que define e exemplifica o “descondenado” que voltou ao poder, como todo criminoso que volta à cena do crime: “nine-finger”.
Demonstrando sem nenhum pudor que a mentira e a fofoca fizessem desse país com que o crime compense, que a Justiça seja injusta e que inocentes continuem presos em campo de concentração. Até hoje a mentira é a prerrogativa mais forte e mais letal que a não menos mentirosa pandemia.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação