Fico apreensivo com o “endeusamento” de determinados líderes mundiais. Ao recorrer a fatos históricos não posso deixar de lembrar o que ocorreu na Alemanha, Rússia, Coréia do Norte, Cuba e o que ocorre na Venezuela, Argentina e em alguns países africanos.
Líderes que prometeram solução e afundaram seus países em inomináveis genocídios. Tiranetes de variados calibres, ditadores cruéis que apresentaram propostas de renovação e acabaram se impondo pela força bruta.
No Brasil criamos também nosso próprio mito que embora seja legítimo, pois foi eleito com a maioria das preferencias populares, temo por nosso futuro. Ser adepto do “bolsonarismo” sem refletir sobre as consequências acaba sendo uma paixão muito próxima do que ocorreu em outros países.
Nosso mito é nacionalista, conservador, democrata, religioso e até o momento não ultrapassou as quatro linhas de nossa Constituição. Ampliou os benefícios sociais existentes e demonstra coragem e determinação. Tem a língua solta, com a mesma linguagem de quem papeia em boteco. Uns criticam, mas é determinante que a grande maioria aceita, elogia e admira. Os que fazem isso abominam a hipocrisia e a falsidade.
Tivemos presidentes falantes, polidos, versados até em várias línguas, mas nunca se exporiam ao público nas ruas e jamais promoveram inclusão social decente. Elegemos um analfabeto e até um exemplar único de mulher com neurônios reduzidos. E agora entregamos o poder legitimamente a um homem que fala a língua nossa, que age como gostaríamos de agir e que com todas as deficiências comuns aos seres humanos tem demonstrado capacidade administrativa e bom senso.
Continuo apreensivo com a questão do “endeusamento”. Então, espero que o Mito continue verdadeiro, porque de mitos falsos já estamos saturados.