O genuíno discurso de ódio

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Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal deu 48 horas para Jair Bolsonaro se manifestar em relação a uma ação impetrada pelos partidos de oposição contra “discursos de ódio”. Rede, PCdoB, PSB, PV, Psol e Solidariedade argumentam que “as falas do presidente se configuram em estímulos psicológicos que vão construindo no imaginário de seus apoiadores e seguidores a desumanização do opositor”.

Mesmo depois de a Polícia Civil concluir que não houve motivação política no assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, os partidos exigem que Bolsonaro condene o crime publicamente. “Não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”, afirmou Camila Cecconello, delegada responsável pelo caso.

No dia seguinte ao ultimato, começaram a circular pelas redes sociais imagens de um filme em que um boneco idêntico a Jair Bolsonaro, vestindo um terno e usando a faixa presidencial, morre durante uma motociata. O cineasta Ruy Guerra, responsável pela gravação, afirmou que “as cenas foram retiradas de contexto”. Elas farão parte de “A Fúria”, filme que encerra a trilogia de “Os Fuzis” (1964) e “A Queda” (1977).

Não foi a primeira vez em que se desejou, sugeriu ou estimulou a morte do presidente. Em julho de 2020, por exemplo, o jornalista Hélio Schwartsman escreveu um artigo na Folha de S. Paulo com o título “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Na época, o presidente havia sido diagnosticado com covid-19.

Dois anos antes, durante a campanha presidencial, Bolsonaro sofrera um atentado a faca que quase realizou o desejo do jornalista. Alega-se que Adélio Bispo sofre de problemas mentais. Mas ele sabe explicar com muita clareza por que já foi militante do Psol.

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