O fascínio pelo dinheiro

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Um amigo de velhas datas, ontem, telefonou-me para expressar sua curiosidade sobre o momento político, do “fundão eleitoral” e da maneira como muitos políticos e curiosos se dispuseram a ingressar na política partidária.

Estarrecido com o repentino interesse de muitos em participar ativamente da política, ressalta que depois que o Congresso aprovou o chamado “fundão partidário”, distribuindo uma verba astronômica para que o povo brasileiro indique quais serão os felizardos, inúmeros “candidatos” estão à cata de uma vida melhor, com as benesses que eles próprios, os políticos, designaram para a felizarda classe.

O Brasil, ao aprovar um projeto financeiramente tão grandioso, faz com que nossos políticos passem a ser os grandes beneficiados, num posicionamento capaz de fazer inveja a políticos de países do primeiro mundo.

Para ter-se uma ideia melhor, um país rico como a Suécia paga um salário irrisório  a cada parlamentar, inferior a trinta por cento do que o Brasil paga e não há nenhum outro privilégio agregado e, pasmem, os parlamentares do interior ocupam quitinetes, com máquina de lavar roupa comunitária e alimentação em restaurantes modestos.

Ao contrário dos nossos políticos, que têm privilégios mil, como despesas com moradia, remédios, intervenções cirúrgicas, passagens aéreas para seus redutos eleitorais, gabinetes com assessores, vestuário e mil e outras vantagens.

Por esse motivo, ser político no Brasil é o sonho de inúmeras pessoas, porém é bom destacar que os mais abastados financeiramente são em grande número ocupantes das nossas cadeiras legislativas.

Voltando ao início dessas mal traçadas linhas, o volume de grana a ser dispendido pelos políticos é de proporção exagerada e muitos deles desviam parte dessa dinheirama e não cumprem à risca o que combinaram com seus apoiadores.

Mas, como de dois em dois anos, e não de quatro em quatro anos, como deveria ser, vamos vivenciando e, até, participando desse calendário inescrupuloso, pois o sonho de alguns de unificar todas as eleições, aliviando assim os cofres públicos, continua sendo um sonho para os que anseiam por uma nação mais próspera, sem tanta predominância da política e dos politiqueiros.

Itapuan Cunha

Editor

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