Tanto a arte imita a vida, quanto à vida faz o mesmo com ela. A grande diferença é que na arte o sentimento, a dor e as consequências, são apenas emoções passageiras, na vida é tudo muito real, a dor é frequente e as consequências sempre terríveis e constantes.
No filme, o super-robô indestrutível está programado para exterminar tudo que encontrar pela frente. Na vida, um molusco desprezível, poderoso, endiabrado e sem emoção, nem noção, leva consigo os mesmos propósitos.
Tanto quanto o robô do filme, ambos no passado já tinham destruído muita coisa e, agora, voltam à cena do crime. O primeiro alimentado pela ficção da arte, o segundo pela ilusão doentia e teimosa de seus seguidores.
O robô indestrutível e o molusco descondenado, são poderosos, determinados e persistentes. Seus propósitos de destruição seguem os mesmos princípios. Insanos e irresponsáveis, espalhando o terror por onde passam.
No currículo de ambos, consta tudo que pretenderam ou destruíram no passado, como se fosse um cartão de visitas. A diferença é que agora pretendem terminar suas obras em caráter definitivo. O primeiro alimentado pela curiosidade dos espectadores e o segundo pela ilusão voluntariosa de seus cúmplices.
Não sei dizer o que aconteceu no final do filme, pois o besteirol cinematográfico nunca conseguiu me seduzir. Na vida real, sei muito bem o que pode acontecer. Consigo imaginar a sanha maligna que esse molusco barbudo traz em seu deprimente interior. O quanto suas mentiras e falsidades iludem seus seguidores fanáticos, cegos e ignorantes.
Para escapar do primeiro desligue, a televisão. Para se livrar do segundo, se ligue e tome uma decisão.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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