O agro brasileiro é campeão ambiental

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O Agronegócio, responde por 22% dos novos empregos nos últimos 12 meses. Hoje o Brasil alimenta mais de 1 bilhão e 600 milhões de pessoas no mundo. Exportamos para mais de 171 países, somos o maior exportador mundial de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina e frango.  O Agro também é Tecnologia e inovação: dobrou a produção em 22 anos. Em 1995-1996, a tecnologia do agro foi responsável por 50,6% do total da produção brasileira, ao lado de 31,3% do uso da mão de obra trabalho e 18,1%, da terra. Em 2006, esse percentual passou para 56,8% e, em 2017, saltou para 60,6%. Mas, no mês do meio ambiente, importante saber se, em matéria ambiental, o agro também é campeão?

Segundo a Embrapa, as unidades de conservação protegem em vegetação nativa o equivalente a 13% do Brasil e os produtores do Agro mais de 20% do país, como áreas de preservação permanente, reserva legal e vegetação excedente. Desta forma, somos também o país com a maior área de vegetação nativa preservada, quase 2 milhões de florestas, matas, cerrados e campos. O Brasil, que está entre os maiores produtores de alimentos do mundo, destina apenas 8% de sua área para cultivo de toda sua produção.

Também podemos esquecer dela, berço da sustentabilidade, muitas vezes injustiçada: a floresta plantada. Trata-se de reflorestamento através do plantio, produção, manejo e colheita de culturas que atendam a um plano sustentável. Essa prática é importante nos dias atuais porque recupera espaços degradados, reduzindo os impactos ambientais, através da captura de CO2.

A importância do uso sustentável dessa fonte de madeira legal, renovável e os subprodutos da cadeia produtiva é de extrema relevância para o meio ambiente ecologicamente equilibrado, das presentes e futuras gerações, conforme atesta a ciência. A importância do setor de florestas no Estado da Bahia – assim como no Brasil e no mundo, é inegável e relevante. Segundo dados do IBGE e de outras fontes como Embrapa e ABAF, divulgados recentemente, a Bahia é um dos estados que mais produz madeira de florestas plantadas para o fabrico de papel e celulose, com uma produção de milhões de metros cúbicos, correspondente a cerca de um quinto do total produzido no país. O setor florestal responde nacionalmente bilhões em impostos arrecadados, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Na Bahia, estima-se esse número gira em torno de mais de 30 mil vagas.
 Todo esse potencial se junta a estudos da Embrapa que desmistificam o fator de que a silvicultura seca o solo, em detrimento de outras culturas, os polos tecnológicos, de inovação, técnicos e universitários, atuantes para, a cada dia, aperfeiçoar esta nobre atividade, com o protagonismo internacional do Brasil na seara científica.

Da floresta plantada e suas árvores, além da proteção à vegetação nativa, derivam produtos finais como a celulose em fardos e solúvel, resma de papel, carvão, cavaco de madeira, móveis e artesanato, além de subprodutos, aplicáveis, por exemplo, à produção de energia, biocombustíveis, adubagem e outros, além de novos produtos, como a linga têxtil e de plástico com tecido e embalagens sustentáveis, renováveis e mesmo biodegradável. Tudo isso revoluciona e diminui o impacto nos ecossistemas do consumo de bens essenciais indispensáveis à sadia e digna vida humana.

O Agro gera emprego e renda, arrecadação, superávit, inova cientifica e tecnologicamente, preserva os ecossistemas e os mantém equilibrado, desenvolve, social e economicamente. Portanto, o Brasil e o Agro são campeões ambientais! O Agro é tech, é pop, é tudo, e mais: é sustentável!

*Georges Humbert é advogado, professor e pós-doutor em direito, é presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade

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