O psolista acusou o prefeito de São Paulo de cometer crimes
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil | EFE/Sebastião Moreira
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) processou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à Prefeitura, após ataques do psolista em um podcast, acusando o chefe do Executivo Municipal de roubar.
A fala ocorreu enquanto Boulos defendia as “saidinhas” de presos em regime semiaberto, criticando o projeto aprovado no Congresso que proibia essas saídas, trecho este que foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
– Então, assim, é lógico que quem cometeu crime, ainda mais um crime violento: roubou, matou, estuprou, tem que ir para cadeia, como diz a lei. Aliás, isso não é cumprido com muita gente, a começar por algumas pessoas, como o prefeito de São Paulo, que tem roubos claros e está aí, segue governando – disse o deputado do PSOL.
E continuou:
– O mesmo Ricardo Nunes que fazia esquema com creche, quando era vereador, é o que faz esquema com empreiteira de obra emergencial quando virou prefeito. Não mudou nada. Não amadureceu nada. Não cresceu nada. Só tornou a sua ação mais prejudicial para São Paulo.
Nunes, por meio dos advogados Amilcar Luiz Tobias Ribeiro e Ricardo Penteado de Freitas Borges, resolveu entrar com ação por danos morais e pedir uma indenização no valor de R$ 50 mil. Os advogados entendem que não há problema em criticar uma pessoa pública, mas que não cabe imputação de crimes.
Ao analisar o caso, a juíza Inah de Lemos e Silva Machado deu 15 dias para Boulos apresentar sua defesa.