Palmeira assumiu recentemente como marqueteiro de Lula para as eleições de 2022 | Foto: Reprodução/Facebook
Novo responsável pelas ações de imagem da campanha de Lula à Presidência, o marqueteiro Sidônio Palmeira vai carregar ao desafio profissional uma acusação de participação em um esquema de corrupção na Bahia.
Palmeira foi escolhido há duas semanas para assumir a campanha, depois de impasse na cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT). O publicitário é acusado de enriquecimento ilícito pelo Ministério Público da Bahia, em episódio envolvendo contrato com a Câmara de vereadores de Salvador, conforme informa reportagem da revista Veja nesta sexta-feira, 13.
O Ministério Público baiano acusa Sidônio de participar de uma operação ilegal que desviou R$ 7,5 milhões dos cofres públicos. O publicitário é dono da Leiaute Propaganda, que em 2006 venceu licitação para prestar serviços de propaganda para a Câmara. Na época, uma auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia apontou uma série de fraudes no negócio.
O consórcio foi contratado por R$ 2 milhões para prestar serviços de publicidade, mas o valor foi sendo reajustado e chegou a R$ 7,5 milhões em poucos meses — um acréscimo de 375%.
Na defesa, o publicitário atribuiu o reajuste a uma falha na prestação de contas dos vereadores. No entanto, o MP pede desde 2018 que Sidônio devolva parte do dinheiro. A denúncia está parada há quatro anos na 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Salvador, aguardando uma manifestação do juiz sobre arquivar o caso ou transformar os suspeitos em réus.
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