Nikolas sobre Janones: “Cassação é só uma questão de tempo”

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Deputado ainda ironizou chamando o caso de “rachadinha cultural”

Nikolas Ferreira Foto: Myke Sena / Câmara dos Deputados

Em publicação no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (27), o deputado-federal Nikolas Ferreira (PL-MG) declarou que a cassação do também congressista André Janones (Avante-MG) é apenas “uma questão de tempo”. A fala de Nikolas ocorre após o parlamentar governista ser flagrado, em áudio, defendendo o pagamento de seus gastos de campanha por meio de rachadinhas.

Em sua postagem, o deputado mineiro diz que conversou com o líder do Partido Liberal (PL), deputado Altineu Côrtes, para que uma representação contra Janones seja protocolada no Conselho de Ética da Câmara pela prática de corrupção.

– Em áudio publicado pelo Metrópoles, ele [Janones] assume claramente a prática de desvio dos salários de seus servidores. Além disso, a oposição também apresentará uma notícia-crime à PGR acerca dessa situação. Sua cassação é só uma questão de tempo – escreveu Nikolas.

Em outras postagens, Nikolas ainda ironizou chamando o caso de “rachadinha cultural” em referência ao livro do parlamentar, Janonismo Cultural. O parlamentar mineiro também relembrou uma publicação de Janones feita em 2021, quando disse que não havia rachadinhas em seu gabinete.

– Bandido é a p*** que lhe pariu, não é no meu gabinete que fazem rachadinha não – disse Janones à época.

– É sim kkkkkkkkk – respondeu Nikolas nesta segunda.

ENTENDA
O áudio de Janones em questão foi gravado em fevereiro de 2019 e divulgado pela coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, nesta segunda. No conteúdo, é possível ouvir o deputado dizer que utilizaria salário de servidores para ajudar a pagar suas contas de campanha, uma prática considerada como enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público. No áudio, ele ainda diz não considerar a prática “corrupção”.

– Tem algumas pessoas aqui, [com] que eu ainda vou conversar em particular depois… Vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Eu perdi R$ 675 mil na campanha. “Ah, isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome”. Não é. Porque eu devolver salário, você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser. O meu patrimônio foi todo dilapidado. Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 [mil]. Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção – declarou.

Essa conversa teria ocorrido com servidores na sala de reuniões do Avante, na Câmara.

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