Neto mostra insatisfação com filiação de Moro ao União Brasil

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                                          Foto: Max Haack / Secom

Por Equipe de Política 

O secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, teria mostrado insatisfação com a filiação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao União Brasil. Segundo o Valor Econômico, Neto é contra a candidatura do ex-juiz para a Presidência pelo partido. 

De acordo com a publicação, o pré-candidato ao governo da Bahia ficou incomodado com declarações do vice-presidente do União em São Paulo, o deputado Junior Bozzella, que não deixou claro que o ex-juiz retiraria sua pré-candidatura à Presidência da República. Neto quer que Moro se candidate a deputado federal por São Paulo. 

No ato de filiação em São Paulo, porém, Bozella disse que Moro não tem garantia de “absolutamente nada” ao se filiar, mas deixou em aberto a possibilidade de ele ainda concorrer à Presidência. “Vamos definir lá na frente, no prazo das convenções, para escolher o candidato a presidente”, afirmou. 

Liderado por ACM Neto, um grupo de dirigentes do partido que era do DEM assinou uma carta na última quinta-feira contestando qualquer possibilidade do ex-juiz Sergio Moro de tentar se viabilizar como pré-candidato à Presidência pela legenda. A carta foi preparada minutos antes de Moro anunciar publicamente que abre mão de disputa pelo Planalto.  

“Neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido”, diz o texto, assinado por Neto, pelo 1º secretário do União, o deputado Efraim Filho (PB), e seis vice-presidentes, entre eles o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. 

O documento afirma que o ex-juiz e ex-ministro será “muito bem-vindo” se quiser construir uma candidatura em São Paulo pela legenda – o acordo é que ele concorra a deputado federal-, mas que a sigla “deixou claro” que ele não concorrerá à Presidência. “Nós, membros da Comissão Instituidora do União Brasil, reconhecemos a importância e respeitamos a trajetória na vida pública do ex-ministro Sérgio Moro. Entendemos, também, que Moro pode contribuir muito para o debate político nacional. Entretanto, deixamos claro que o seu eventual ingresso ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”, afirma a carta.  

O grupo que subscreveu o documento representa 49% dos votos da Executiva nacional e seria capaz de impugnar a filiação de Moro. 

TRIBUNA DA BAHIA

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