Muito difícil sobrevier depois que o que mais temíamos aconteceu. Que espécie de contaminação ainda mais atroz que uma pandemia tomou conta de nosso país, quando valores éticos, morais, religiosos e patrióticos foram contaminados por uma insustentável inversão de valores?
Como explicar que de repente tudo que foi construído por séculos fosse sumariamente desconstruído? Talvez seja porque os ideais esquerdistas são muito antigos e a nossa direita seja tão nova, frágil e desorganizada.
Possivelmente não posicionamos as ratoeiras em locais estratégicos e sem que déssemos conta do perigo, permitimos que os ratos abocanhassem nosso queijo. Permitimos talvez que ratazanas muito antigas saíssem das tocas e invadissem nosso frágil mundo.
Tudo começou nas universidades públicas que investiram pesado, na sistemática e homeopática estratégia de construir consciências surreais que não se importam mais com a dignidade e com o respeito por valores que pensávamos erradamente que eram sólidos e consistentes. Esses pilares estão esboroando em uma velocidade surpreendente.
A cegueira na percepção da lógica e da razão é hoje mais assustadora que a da própria visão. Não perceber o que foi arquitetado por inúmeros anos e colocado em prática nos dias atuais, revela uma paixão surpreendente pelas trevas que nos aguardam.
Nem percebem que estão aceitando a construção de um caminho com difícil volta e que em todos os países onde aconteceu essa mesma ilusão, não existe mais democracia, justiça e liberdade, pois foi construído por narrativas falsas, falácias, mentiras e hipocrisia desacerbada.
Os idealizadores fortalecerão o Estado e sugarão, perseguirão, condenarão e afogarão qualquer possibilidade de alternativa contrária ao sistema. Não perceber isso não é mais teimosia ou paixão, trata-se da mais estúpida das imbecilidades.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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