Na briga por holofotes, TCU exagera no ativismo

Coluna do Cláudio Humberto
Ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. Foto: Flickr TCUPresidente do Tribunal de Contas da União, ministra Ana Arraes. Foto: Flickr TCU

O ativismo político do Tribunal de Contas da União (TCU) tem chamado a atenção do Congresso, já impaciente com ministros do Supremo acusados de fazer pregações políticas contra o governo e de invadir competências de outros poderes. O TCU “cava” holofotes anunciando “investigação”, por exemplo, de suposto “abuso” de proposta de emenda constitucional ainda em discussão no Congresso. Pior, com alegações políticas, quase partidárias. É até engraçado, e virou alvo de chacota.

Nada a ver

Não há nada que o TCU possa fazer contra uma PEC e nem muito menos com a proposta promulgada e incorporada à Constituição.

Virou delegacia

Certamente inspirado no Xerife do STF, o TCU anunciou “investigação” do assédio sexual do ex-presidente da Caixa. Não são de sua alçada.

Alô, holofotes

Também vai “investigar” a reforma na residência oficial da presidência da Caixa, em vez de explicar por que não fiscalizou esses gastos antes.

Parceria política

A insistência do TCU de surfar nas ondas do noticiário coincide com a presidência de Ana Arraes, cuja família controla o PSB, de oposição.

Ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. Foto: Flickr TCUDomínio da Petrobras no mercado nacional, na prática privatizando o monopólio e privilégios de empresa estatal, é tido como responsável direto. Foto: Tomaz Silva/EBC

Petrobras manobra para não repassar redução

As novas alegações da Petrobras para impedir redução ainda maior nos preços dos combustíveis são acintosas. A estatal se recusa a repassar a queda de 20% na cotação internacional. O dólar também teve forte queda, ontem, de 1,4 ponto. As medidas do governo e do Congresso derrubaram o ICMS e o valor do litro dos combustíveis, mas a “estatal” alega “seguro, armazenagem, frete, logística” etc. e até “transporte marítimo” para negar o repasse da redução de preços ao consumidor.

Realidade brasileira

O preço na bomba é impactado pelo mercado internacional, mas somente no aumento, jamais na redução de valores.

Matemática criativa

De janeiro a março, o barril do petróleo caiu de R$513,69 a R$494,80. Mas o preço médio da gasolina foi de R$6,59 para R$7,26.

Descolado

No mês de junho, após o início do esforço do governo para combater a disparada nos preços, o barril cresceu e a gasolina diminuiu.

Recesso na cabeça

A decisão de adiar a votação da PEC de emergência e benefícios sociais para a próxima semana atrasou os planos da maioria dos deputados de encerrar o semestre e começar o tão desejado “recesso”, após a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Tá sabendo legal

Depois de agradecer a Deus pela pandemia, Lula resolveu criticar o governo pela falta do Carnaval em 2021. “O país viu desaparecer o sorriso”, disse. Na época, a covid matava mais de mil pessoas por dia.

Agro só dá alegrias

A “safrinha” brasileira põe no chinelo a imensa maioria dos países do planeta. Segundo a Conab, com condições favoráveis, a expectativa é de crescimento de 6,7% e colher 272,5 milhões de toneladas de grãos.

Primeira pesquisa

Na primeira pesquisa após o anúncio da pré-candidatura ao governo de Alagoas, o senador Fernando Collor (PTB) já aparece em segundo colocado, segundo o Paraná Pesquisa divulgado nesta quinta-feira (7).

Petista lidera

Segundo o Paraná Pesquisa (TSE/BR-00617/22), Lula (PT) perdeu 1,5% das intenções de voto em Alagoas, entre os levantamentos de junho e julho. O presidente Bolsonaro ganhou dois pontos percentuais.

Acordo aproveitado

A CNI realiza, em agosto, a “Iniciativa Chile” que promove até missão comercial para aproveitar o acordo de livre comércio. A expectativa é gerar quase R$230 milhões em exportações com essas ações, em 2022.

Virou moda

O deputado Marco Feliciano considerou um “acinte” a palestra nos EUA do ministro Edson Fachin (STF) dizendo que “vai ter golpe no Brasil”, com o pagador de impostos bancando “passagens e R$2 mil de diárias”.

Etanol também

O litro do etanol, em Maceió (AL), já chega a ser vendido por R$5,09, após a redução do ICMS articulada pelo governo federal. Na última semana, o menor preço era de R$5,49.

Pensando bem…

…aumentar Fome Zero e Bolsa Família não era “kamikaze”.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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