MRE desrespeita lei e esconde gastos com ditador Maduro no Brasil

Destaque

O ditador Nicolás Maduro ao ser recebido pelo amigo e admirador presidente brasileiro –

Cláudio Humberto

O Ministério das Relações Exteriores ignorou princípios básicos da Lei de Acesso à Informação (LAI) para esconder o custo da visita do ditador venezuelano Nicolás Maduro ao Brasil em maio. A coluna teve de acionar a LAI para obter a especificação dos gastos com o ditador repudiado em todo o mundo democrático. Foi recebido com salamaleques por Lula, que não dedicou idêntico tratamento a presidentes para cúpula da América do Sul. O Itamaraty enrolou vários dias e ignorou o detalhamento requerido.

Acima da Lei

Diz a ignorada LAI que cabem aos órgãos “gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação”.

Aos números

O “custo global” foi de apenas R$84.169,89 com hospedagem, segundo a resposta malandra do MRE sobre a cúpula organizada por Lula.

Uma centena

Os carrões usados para transportar comitivas, durante o evento, custaram ainda mais do que a hospedagem: R$105.157,95.

Lula custa caro

A atitude do MRE serve para lembrar gastos de Lula e Janja no exterior. Só a suíte em Paris, por exemplo, custou R$728 mil por dois dias.

Apesar das resistências, o governo aposta em aprovação no Senado “sem dificuldades”, como Rodrigo Pacheco garantiu a Fernando Haddad. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.

Senado deve alterar reforma aprovada na Câmara

A Reforma Tributária aprovada na Câmara deve sofrer no Senado alterações importantes. O projeto provoca insatisfações suprapartidárias. Os governadores do Nordeste, por exemplo, pró-Lula, querem derrubar a composição do tal “Conselho Federativo”: o texto modificado na última hora, conferindo peso maior aos votos de São Paulo e Minas, é vitória do governador Tarcísio de Freitas, com ajuda de Romeu Zema. Estão em pé-de-guerra bancadas como do Amazonas, de Estados muito afetados.

Federação presente

Presidente da Câmara, Arthur Lira lembrou que o Senado é a “casa da Federação”. Ali, cada Estado tem três votos. Incluindo o de SP e MG.

Peso da arrecadação

O texto modificado de última hora dá quase 60% dos votos aos Estados de São Paulo e Minas no “conselho federativo”, por arrecadarem mais.

Otimismo no governo

Apesar das resistências, o governo aposta em aprovação no Senado “sem dificuldades”, como Rodrigo Pacheco garantiu a Fernando Haddad.

Hora da desoneração

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) aposta que o Senado cuidará da desoneração da folha salarial do setor de Serviços. O Brasil é um dos poucos países que punem com mais impostos os que geram empregos.

Liradependência

O presidente Lula e o PT se dividem em relação ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cuja liderança impõe derrotas e garante vitórias em votações de interesse do governo. Os petistas adoram dizer que o odeiam, mas no íntimo estão se derretendo de amores.

Diferenciais preservados

A reforma aprovada na Câmara pegou leve com a Zona Franca de Manaus e Áreas de Live Comércio. Prevê que o IBS e a CBS estabelecerão os mecanismos para manter o diferencial competitivo.

Toque de caixa

A pressa para votar a reforma tributária rendeu críticas na Câmara. Gustavo Gayer (PL-GO) disse que os colegas “sequer leram”. “Receberam para votar ou obedeceram ao partido”, disparou.

Afano sindical

Há 63 anos, em 8 de julho de 1940, era criado o imposto sindical, que tungou os trabalhadores brasileiros até 2017, quando foi extinto na reforma trabalhista promovida pelo ex-presidente Michel Temer.

Voto de palhaço

Na reforma tributária, o PL entregou 20 votos pela aprovação na primeira votação e outros 18 na segunda. Nos dois turnos, o voto do deputado palhaço Tiririca (SP) foi pelo “sim”.

Estado aumenta

Passada a votação da reforma tributária, a deputada Bia Kicis (PL-DF) criticou a subserviência dos colegas ao Executivo: “Cada vez que a gente aperta o lnfoleg (sistema da Câmara), o Estado fica maior”.

No bolso

O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) prevê que deve sobrar para o pagador de impostos a reforma tributária aprovada. A perda de arrecadação deve ser compensada com aumento no IPTU, avalia.

Pensando bem…

…após a reforma tributária, é o governo que agora irá compensar votação com uma boa reforma.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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