Pedido de cassação também inclui o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Paulo Dantas (ao centro), entre Lula e Renan Filho,
Rodrigo Vilela
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e o senador alagoano e atual ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), viraram alvo de um pedido de cassação do Ministério Público Eleitoral que pede a cassação da dupla sob alegação de abuso de poder político e econômico.
O MPE acolheu um pedido da coligação do senador Rodrigo Cunha (União-AL), que denunciou suposta distribuição de cestas básicas às vésperas das eleições, prática vedada pela legislação eleitoral.
Segundo o MPE, não foi identificada no Portal da Transparência a compra de cestas básicas pelo governo alagoano.
“Fica claro que a distribuição de cestas básicas, nos moldes do Pacto Contra a Fome, não estava respaldada em situação emergencial e premente que justificasse seu início em pleno ano eleitora”, alegou.
O pedido de cassação também alcança o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Defesa do governador
Em nota, a defesa do governador Paulo Dantas alega que “já comprovou na Justiça que a acusação, originária de denúncia da coligação que não aceita o resultado das urnas em 2022, não se sustenta”.
“Trata-se de programa de combate à fome já existente desde 2014 e que estava em execução orçamentária, tendo em vista a notória e histórica situação de insegurança alimentar ainda presente no Estado. Ressalte-se que o Pacto contra Fome foi o nome que se deu a um conjunto de ações e programas já existentes”, afirma a defesa de Paulo Dantas.
Ainda não havia decisão judicial do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, na Ação de Investigação Judicial Eleitoral que tramita sob o número 0601569-55.2022.6.02.0000, até a última atualização desta matéria.
DIÁRIO DO PODER