O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o Partido da Causa Operária (PCO) no inquérito das fake news nesta quinta-feira, 2. O magistrado usou como argumento um tuíte em que a legenda de esquerda o chama de “skinhead” de toga e defende a dissolução do STF.
Moraes determinou a intimação de Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, em cinco dias. Além disso, estabeleceu o bloqueio dos perfis da sigla no Facebook, no Instagram, no Telegram, no Twitter, no YouTube e no TikTok. O magistrado pediu a preservação do histórico de conversas e posts das contas do partido na internet.
“As postagens atingem a honorabilidade e a segurança do STF e de seus ministros, bem como do TSE, atribuindo e/ou insinuando a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte e defendendo a dissolução do tribunal”, escreveu Moraes, na decisão. “É necessária a adoção de providências urgentes.”
No Twitter, Pimenta classificou a atitude de Moraes como “censura”. “Hoje, no Brasil, ter determinada opinião política é crime”, observou Pimenta, no Twitter. “Não é agora, sempre lutamos contra isso.”
Inquérito das fake news
Até o momento, o inquérito das fake news apenas abrangia apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RS) e o jornalista Oswaldo Eustáquio chegaram a ser presos.
REVISTA OESTE
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