Míriam Leitão diz que governo Lula está “entre ruim e o pior”

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Com histórico de simpatia ao petista e à agenda de esquerda, jornalista se tornou crítica contumaz de Lula

Míriam Leitão Foto: Reprodução/GloboPlay

A jornalista Míriam Leitão, em sua coluna no jornal O Globo, nesta quarta-feira (31), criticou o senso de ocasião do presidente Lula e a falta de percepção política do petista, que “deixou para a última hora a negociação em torno da medida provisória de reestruturação”.

– (…) E quando isto acontece, o Congresso tem uma arma a mais para apontar em relação ao Planalto, que é o fantasma de cair a medida provisória. Ou seja, de voltar a estrutura do mandato anterior. O governo está assim entre o ruim e o pior – disse Leitão, evidenciando mais um fracasso da articulação política deste atual governo.

A colunista destacou o substitutivo do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que foi aprovado em comissão mista, na última semana, e que derreteu as atribuições do Ministério do Meio Ambiente, e retirou poderes do Ministério dos Povos Indígenas – mais uma derrota aviltante do governo Lula.

– Pior ainda é cair a MP, que a um dia de caducar, precisa passar nas duas casas – observou Miriam, que admitiu que “o governo está com a faca no peito porque não fez articulação”.

– Este erro é um resumo das atitudes errôneas que o governo Lula tem cometido, de não se envolver na articulação, de não dar poderes a quem articula, de ser dúbio – criticou.

A cronista política se mostrou decepcionada com o rumo do governo petista e advertiu para um erro gravíssimo que prospera ante a inércia de Lula e seus asseclas na articulação política: ter a própria base governista votando contra projetos de interesse do Planalto.

– (…) No caso do marco temporal, Lula foi derrotado pela oposição e também por parte da própria base, com partidos como MDB e União Brasil votando contra a posição do governo. Quando se fala da votação da MP na comissão mista, com o esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente, o próprio PT votou a favor da proposta do deputado Isnaldo Bulhões – completou.

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