Imagens censuradas mostram ocultista declarando voto no petista
O ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que um vídeo originalmente publicado no TikTok, associando Lula ao satanismo, saia do ar. O juiz manifestou-se na quarta-feira 5.
Na decisão, o ministro pede a retirada imediata da publicação nas redes sociais, por divulgar “conteúdos manifestamente inverídicos” com referência ao nome do candidato à Presidência. O não cumprimento gera multa diária de R$ 50 mil.
Sanseverino atendeu a um pedido da coligação de Lula contra políticos que apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e o responsável pelo canal que fez a publicação. Entre eles, os senadores Flávio Bolsonaro e Carla Zambelli.
Conforme o conteúdo, identificado como “propaganda eleitoral negativa”, há a reproduz de frases como “cristão vota em Bolsonaro. Satanista vota na esquerda”. A conta do autor do vídeo tem quase 1 milhão de seguidores.
“No presente caso, observa-se uma estrutura engendrada onde, a partir de um falso apoio (fake news), cria-se fato politicamente relevante e rapidamente espalhado por uma estrutura voltada à disseminação de desinformação”, observou trecho da ação movida pelo PT.
Para o juiz do TSE, é “forçoso reconhecer que a propagação desses conteúdos que associam Lula ao satanismo, sem nenhum consentimento do candidato ofendido, tem o potencial de interferir negativamente na vontade do eleitor”.
O responsável pelo perfil identifica-se como “ocultista, sacerdote, mago e palestrante”. Eleitor de Lula, o homem ainda diz ter feito um ritual para o petista ganhar a eleição. A página do apoiador contém outros vídeos com práticas religiosas a favor do ex-presidente, com fotos, velas e oferendas.
REVISTA OESTE