Silvio Almeida relacionou o atentado em Santa Catarina a suposto culto a armas no país
Para Silvio Almeida é ministro dos Direitos Humanos | Foto: Reprodução Twitter
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, usou a tragédia de Blumenau (SC) como palanque político. A cena ocorreu nesta quarta-feira, 5, durante uma cerimônia de lançamento de uma cartilha da pasta.
No discurso, Almeida insinuou que os ataques a escolas são motivados por questões ideológicas. “Vamos esperar chegar ao número dos Estados Unidos, considerado modelo por muita gente aí?”, perguntou. “Vamos esperar chegar a 300 ataques por ano em escolas? Essa gente cultuando arma, querendo dar golpe de Estado no Brasil, querendo que as pessoas morram de fome, querendo que crianças e adolescentes não tenham futuro. Não me conformo com isso. Não quero viver num mundo desse. Recuso-me a viver num mundo assim.”
O ministro disse também que “reuniões fechadas e assuntos burocráticos não resolvem nada”, sugerindo medidas concretas do poder público. “Não podemos achar que fazer ‘cartilha’, ficar conversando em questões formais e burocráticas vai mudar alguma coisa”, disse. A declaração ocorreu justamente durante a cerimônia de lançamento de uma cartilha — o Guia de Orientação do Processo de Escolha de Conselheiros Tutelares.
Almeida improvisou o discurso porque, segundo ele, não poderia ler o texto alegre que havia preparado para o evento.
“Tinha preparado algo para falar hoje com muita alegria e muita satisfação, de mais um trabalho de retomada de recomposição do ministério — que é justamente o lançamento da cartilha”, justificou. “Só que não estou feliz. Hoje não é um dia de festa, é dia de tristeza.”
REVISTA OESTE