Márcio França defendeu intervenção nos valores dos bilhetes aéreos
O ministro defendeu uma intervenção do Estado na formulação dos preços das passagens | Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, responsabilizou a Petrobras pelos altos preços das passagens aéreas. A declaração do ministro ocorreu durante audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, na quarta-feira 26.
De acordo com França, a redução do preço do combustível de aviação pode ser crucial para a diminuição do preço das passagens aéreas, como o governo deseja. Hoje, o querosene de aviação corresponde a cerca de 40% do preço da passagem.
O ministro defendeu uma intervenção do Estado na formulação dos preços das passagens.
“Tem uma PPI — preço de paridade internacional, política definida pela estatal para definir o valor do combustível — que obriga você a importar, a cobrar pelo preço internacional”, observou França. “Nós temos que interferir de algum jeito para que possamos encontrar um mecanismo para fazer o preço internacional ser pelo menos o preço americano e o preço europeu, e as empresas de aviação brasileira não façam desse instrumento o porquê da passagem ser cara.”
Passagem a R$ 200
Márcio França defende intervenção nos preços das passagens aéreas. | Foto: Suamy Beydoun/Agif-Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
O Ministério de Portos e Aeroportos tem um projeto chamado “Voa, Brasil” que visa oferecer passagens aéreas a R$ 200 para servidores públicos, estudantes e aposentados com salários de até R$ 6,8 mil.
A previsão é que o programa comece a funcionar a partir do segundo semestre de 2023. França ainda afirmou que a redução do preço do combustível de aviação em 25% a 30% seria possível caso a Petrobras deixasse de praticar a PPI.
Na audiência, o ministro também informou que o Brasil voltará a ter voos diretos para Havana (Cuba) e Caracas (Venezuela), com previsão de início no segundo semestre deste ano.
REVISTA OESTE