Fernando Haddad em viagem para a Suíça. Foto: WEF
Cláudio Humberto
Ministro com a maior necessidade de mostrar serviço, até para se legitimar no cargo, Fernando Haddad (Fazenda) passou quase a metade do tempo no cargo fora de Brasília, onde se localiza o seu local de trabalho. Até a chegada da viagem à China, a agenda do ministro registra 66 dias com compromissos oficiais, desses, 26 foram em São Paulo ou em alguma viagem para fora do Brasil, o que representa 43,9% do tempo bem distante de Brasília e, claro, da Esplanada dos Ministérios.
Estadia
No exterior, as viagens mais demoradas de Haddad foram para a China, compondo a comitiva de Lula, e para a Suíça, no fórum de Davos.
Bate e volta
A América do Sul está fora do interesse das viagens do ministro. Passou apenas um dia na vizinha Argentina e outro dia no Uruguai.
Mochilão nas costas
Viajante inveterado, Haddad também bateu ponto na Índia e nos Estados Unidos. No Brasil, o destino mais frequente é sua cidade, São Paulo.
Prefiro não comentar
A coluna quis obter do Ministério da Fazenda explicações sobre o fato de Haddad não parar no local de trabalho. Não responderam.
‘Grupo de Brasília’ irá depor em CEI de Goiânia
Wanderley Tavares, presidente, e seu irmão Egmar Tavares, vice-presidente do Republicanos no Distrito Federal, estão entre os integrantes do chamado “grupo de Brasília” a prestar depoimento na Comissão Especial de Inquérito (CEI), da Câmara Municipal de Goiânia, que investiga suspeitas de corrupção na Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg). Os irmãos eram considerados “muito influentes” na gestão do prefeito Rogério Cruz, filiado ao mesmo partido.
Quem comanda
Wanderley Tavares diz não ter qualquer ligação com a Comurg e que cabe a Polícia Civil e ao Ministério Público investigar o caso.
Obras inexistentes
Instalada em março, a CEI investiga a gestão da Comurg e pagamentos como R$8 milhões por obras que nem sequer haviam sido iniciadas.
Punição de culpados
O líder do prefeito, vereador Anselmo Pereira (MDB), afirmou que a prefeitura não teme a CEI e defende punição de eventuais culpados.
São uns malas
A Petrobras se utilizou de um truque para tentar negar o aumento salarial do seu presidente. Em nota mala, ontem, a estatal negou que o salário do petista seja de R$165 mil. Não é mesmo, ainda. E será de R$167 mil, após aumento de 43,8% aprovado pelo seu conselho de administração.
Janja ajudou
O grupo de luxo LVMH, dono de marcas como a Celine, da bolsa de R$21,4 mil da primeira-dama Janja, se tornou a primeira empresa europeia a superar a marca de US$500 bilhões em valor de mercado.
Luta contra malária
No Dia Mundial da Luta contra a Malária, o Ministério da Saúde lança nesta terça (25), em Ananindeua (PA), campanha de prevenção e tratamento da doença. O foco é a Amazônia, que concentra 99% dos diagnósticos. Foram129.171 casos e 50 óbitos no País, em 2022.
Fios desencapados
Com a viagem da crise à Europa, a equipe de Lula tenta administrar dois fios desencapados: GSI e MST. Lula tem sido cobrado para impedir o crime de invasão de terras, mas ele acha que é “direito” dos criminosos.
São uns artistas
O Banco do Nordeste, sob comando do ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, com saída não muito amigável do PSB, abriu o cofre e contratou o cantor João Gomes para fazer propaganda para a instituição.
Mentira saiu cara
Para turbinar ações do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) na Bolsa, a antiga diretoria inventou que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, havia investido na empresa. Isso rendeu processo nos Estados Unidos agora encerrado com uma multa de US$5 milhões a ser paga pelo IRB.
Um de dois
Enquanto Flávio Dino (Justiça), alvo certo da CPI mista do 8 de janeiro, tenta se defender nas redes, lulistas articulam o controle dos cargos-chave da comissão. Mas ao menos um deve ficar com a oposição.
Biden fujão
O partido Democrata, do americano Joe Biden, não marcou debates para as primárias relativas à eleição de 2024. O presidente dos EUA não vai debater contra pré-candidatos do seu partido, antes da definição final.
Pensando bem…
…fake news é o “compromisso” com princípios democráticos do PCdoB de Orlando Silva, relator da lei vai ditar o que é verdade e mentira.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO