As Forças Armadas teriam decidido não participar do teste público de segurança da urna eletrônica que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta semana. A justificativa é de que há uma percepção de que o teste não dará a segurança necessária para atestar que o sistema é seguro. As informações foram divulgadas pelo comentarista Caio Junqueira, da CNN Brasil.
De acordo com Junqueira, a decisão estaria refletindo uma percepção das Forças Armadas de que o sistema de votação brasileiro ainda é vulnerável a ataques externos e internos.
Uma manifestação nesse sentido chegou a ser feita pelo general Heber Portella, representante do Ministério da Defesa na Comissão de Transparência das Eleições, durante uma reunião do colegiado no dia 4 de outubro.
Segundo o comentarista, os militares consideram que a confirmação da segurança do processo eleitoral não pode ser reduzida apenas à abertura de uma versão do código-fonte, uma das medidas implementadas pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso. Eles defendem que, da forma como está atualmente, o modelo não é 100% seguro.
Caio diz que a Defesa ainda avalia como apresentar o que considera “deficiências” do processo eleitoral. Uma das saídas avaliadas, de acordo com Junqueira, seria fazer sugestões para que o sistema seja aperfeiçoado e conseguir convencer outros integrantes do comitê e o próprio Barroso a implementá-las.
Procurado pela CNN, o Ministério da Defesa não quis comentar o assunto.