Bem diferente da mídia consorciada de hoje, as redes sociais avançam em velocidades surpreendentes. Muito embora não tenham ainda a tradição e a suposta credibilidade das emissoras de rádio, televisão e jornais, as redes sociais estão divulgando e transmitindo uma profusão descomunal de informações.
Por traz de cada celular, PC, tablete ou Note Book, podem estar de plantão permanente, um jornalista amador. Gerando e compartilhando o que lhe vem na telha.
Em seu bojo, uma natural profusão de fatos reais, porém semeada de notícias falsas e tendenciosas, muita mentira, meias verdades, propaganda enganosa e até golpes cibernéticos ou digitais. Nada disso importa. Afinal tudo que a televisão já fez e continua fazendo ainda mais, respaldada por uma falsa tradição de credibilidade.
Enfim, existe público para cada tipo de informação. Principalmente para os desprovidos de censo crítico e sem qualquer compromisso com a moral ética. Defensores e assíduos expectadores do Big Brother, novelas globais e jornalismo consorciado. Considerando que o papel aceita tudo, mas os ouvidos e olhos aceitam muito mais, até as mentiras bem contadas comovem, como as evidências mais cristalinas são desconsideradas pelas paixões exacerbadas.
Sendo assim, torna-se humanamente possível e aceitável a defesa apaixonada por ladrões e corruptos, sem qualquer resquício de cumplicidade. A informação é identificada por qualquer visão e consumida e repassada por qualquer boca, sem qualquer compromisso com a lógica e a razão. Chamam isso de democracia. Não deixa de ser. Possivelmente uma vertente do sistema democrático que também não é perfeito, pois defensores do comunismo a usam como argumento, mas jamais a praticam.
Coisa que a televisão nunca fez, sem antes ser obrigada pela Lei, foi revelar o que foi dito antes e que, descaradamente, depois foi negado com evidente ausência de caráter e muita falsa veemência. As redes sociais fazem isso todo dia e conseguem desmascarar todos os cretinos que no passado pareciam ovelhas e hoje são lobos famintos. Vide declarações pífias dos togados de hoje, comparadas com o revelado e desmascarado, ontem.