O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) disse que algumas das suas propostas não podem ser executadas em quatro anos, e não descartou concorrer à Presidência em 2026.
“Não dá para resolver nenhum plano de governo em quatro anos. O plano é um rumo. Isso não funciona agora. Desafio todo mundo a ler esse plano de governo, leia uns dez para você entender. São sonhos para a cidade, depois vai para a viabilidade técnica, depois vai para a prioridade”. O candidato continuou: “eu não vou falar pra você que a gente vai fazer (as propostas) de qualquer jeito. Não vai, porque na dinamicidade da gestão isso pode alterar. Agora essa é a minha vontade, esse é o rumo, e tem que levar mais de quatro anos pra fazer isso. Nunca neguei que vai levar mais de quatro anos pra alcançar isso”.
Marçal falou sobre as propostas na educação, “se a gente ensinar profissões do futuro para um garoto da favela, esse garoto vai começar a sonhar desde pequeno. Hoje tem três coisas que os meninos da favela querem fazer: ser jogador de futebol, ser MC, cantar, ou ele quer ser do crime. Isso eu falo no contexto, né, a maior parte das crianças tem. (…) Por que elas querem essas três coisas? Ou jogar futebol, ou ser MC, ou ir para o crime? Os três apontam para a prosperidade”. Falou também sobre mudanças na educação: “na escola, a gente não pode falar nada de erotização, ali não é o ambiente para isso. A matéria vai chamar, e deve se chamar, segurança sexual. Para a criança não confiar em ninguém em relação à sexualidade dela. (…) Temos que falar sobre abuso, falar sobre essas crianças desde pequenas a contar para o papai e a mamãe se tiver alguém com algum ato libidinoso. Temos que entrar nesses assuntos, mas não dá para erotizar criança, ainda mais dando a chance para algum maluco sequestrar essas crianças emocionalmente ou elas serem ridicularizadas de alguma forma”.
Confira mais alguns temas tratados na sabatina:
“A pessoa que está debaixo do assistencialismo e proibida de trabalhar, ela é desempregada, ela só está sendo bancada por uma leitoa bem gorda. […]. Você não pode proibir a pessoa de ter uma renda alternativa, se não ela é uma desempregada profissional. Então, você tem milhares de pessoas na situação de desempregado profissional. Nós somos o país número um, número dois do mundo, nos jovens “nem-nem”: nem estudam e nem trabalham, e sabe o que acontece? Não têm oportunidade”.
“(Sobre construção de prédio de 1 km de altura). Eu quero criar um símbolo, aumentar o turismo, criar disrupção na construção civil, aumentar emprego. O prédio vai se chamar Brasil. Esse é um presente para o povo (…) Eu quero que ele seja na zona sul, no meio da periferia para valorizar a sua área, o seu terreno onde você mora hoje. São Paulo está muito concentrada, nós precisamos capilarizar isso”.
“Vocês sabem que meu partido é frágil, que qualquer coisinha pode derrubar meu partido. Vocês estão loucos para ver isso, porque eu vou ganhar essa eleição. (…) A Corte Suprema está politizada. Como um jurista, como alguém que é bacharel de direito, eu tenho uma declaração, já que você quer tanto a minha opinião: a Corte precisa recuar nessa questão política”.
“Eu quero que todo mundo entenda que não dá para entrar em 300 guerras ao mesmo tempo. Isso é sensato da minha parte, se não eu não consigo ser o prefeito de vocês. Eu já estou eleito prefeito do Brasil e vocês querem que eu arrume um problema com a Suprema Corte, sendo que eu entrar numa guerra dessa vai destruir a minha candidatura”.
“Tarcísio está enterrando a carreira política dele com essa declaração. (…) Ele vai ter um problema muito sério eleitoral em 2026 se ele continuar nessa de me atacar porque eu tenho representado essa frente, essa frente do conservadorismo, ela não tem dono, mas eu sou o representante forte aqui na cidade de São Paulo”.
“Eu nunca escondi que eu serei presidente do Brasil. (…) Sem Bolsonaro elegível, a gente tem um Tarcísio. A gente tem um Zema para vir de vice que já pediu Tem bons governadores, o Ratinho, tem uma turma muito boa. Mas, se o Lula morrer, eu saio candidato a presidente do Brasil”.
“Eu já deixo para o povo de São Paulo saber: com a morte do Lula, pode escrever assim na notícia, se Lula morre, que ninguém dura pra sempre, eu viro candidato a presidente. Nem Tarcísio vai dar conta, porque ele apoiou o cara errado, o Bolsonaro vai estar inelegível e eu quero servir o Brasil. Só nessa hipótese, tá bom?”
DIÁRIO DO SABER