Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O rompimento do vice-governador João Leão (PP) com o grupo petista pode ter outros ingredientes além do desacordo sobre a posse ao governo pelo progressista. Alguns mandatários petistas procurados pelo Bahia Notícias apontaram que a ideia de Leão em ser candidato ao governo, mesmo com a candidatura do senador Jaques Wagner (PT) já posta, provocou o início do desgaste.
Entre 2019 e 2020, alguns ajustes já estavam sendo feitos para que Wagner fosse o indicado do grupo para a candidatura ao governo. Porém o discurso de João Leão e de alguns aliados em reforçar sua candidatura ao governo gerou os primeiros incômodos aos petistas. Leão ainda deixou clara a sua intenção de viabilizar a sua candidatura ao Palácio de Ondina na eleição de 2022, mas ainda deixou em aberto quando uma data para o anúncio. “Não sei se sai em março, mas vai chegar um ponto que vai ter que definir. Nossa condição é a cabeça de chapa”, afirmou Leão em entrevista ao BN na época.
Outro entrave na relação entre Leão e a base petistas seria o fato do vice-governador assumir o governo. A possibilidade se daria com o governador Rui Costa saindo do governo para disputar uma cadeira ao Senado. Apesar da movimentação, petistas procurados pelo BN, externaram o temor com relação a Leão chegar ao cargo e descumprir o acordo de não tentar a reeleição.
Com o andamento das negociações, o senador Jaques Wagner (PT) manteve a pré-candidatura ao governo da Bahia, mesmo após sinalizações de que o nome do bloco político para o cargo seria do senador Otto Alencar (PSD). O revés aconteceu e Wagner anunciou às lideranças sua decisão política de não concorrer ao governo do Estado, o que obrigou o diretório estadual a debater uma nova tática eleitoral. O resultado foi o rompimento formal do PP com o governo depois que o ex-governador divulgou a reconfiguração do grupo político sem comunicar previamente o atual vice.
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