A mãe do jogador de futebol Daniel Alves, Maria Lucia Alves, que o defendeu durante todo o decorrer do processo no qual ele era acusado de estupro, comemorou a absolvição do filho em postagens nas redes sociais.
Por meio dos stories de seu Instagram, ela agradeceu a Deus pela decisão da Justiça da Espanha:
– Obrigada, meu Deus, por tudo. Glória a Deus, toda honra e toda glória a Ti, meu Senhor – escreveu, junto de uma foto na qual ela aparece ao lado do filho e do marido.
Posteriormente, ela postou um vídeo com a mensagem “Deus te diz ‘Filho não temas. Eu sou contigo por onde quer que você for, minhas mãos te guiarão’”.
Maria Lucia ainda compartilhou o pronunciamento da advogada da família Alves, Graciele Queiroz, que a exaltou por nunca ter “soltado a mão de seu filho”.
– Uma mulher guerreira, que sempre acreditou na inocência do filho dela, mesmo com todos contra. Quantas vezes eu olhei para dona Lúcia, e ela sentia uma dor por ver o que estavam fazendo com seu filho. Mas hoje é um dia de alegria – disse Graciele.
ENTENDA
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) absolveu, nesta sexta-feira (28), o jogador Daniel Alves, que havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão após ser acusado de estuprar uma jovem na boate Sutton, em Barcelona, na Espanha, em dezembro de 2022.
O brasileiro ficou detido por 14 meses, mas foi solto em março do ano passado após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 6,19 milhões na cotação atual). Em primeira instância, um tribunal de Barcelona condenou o atleta por agressão sexual. Já na sentença desta sexta, os juízes alegaram que houve “falta de fiabilidade do depoimento” da vítima.
– O acórdão hoje notificado indica que a decisão recorrida já se referia à falta de fiabilidade do depoimento da autora na parte do relato que podia ser objetivamente verificada por se referir a fatos registados em vídeo, indicando expressamente que o que relata não corresponde à realidade – diz a sentença.
Ester Garcia, advogada de acusação, chamou a decisão de “retrocesso”, e informou que vai recorrer.
– É um retrocesso, tanto do ponto de vista jurídico quanto social, às lutas contra a violência sexual. E, de alguma maneira, acredito que pode desincentivar que as mulheres denunciem as agressões sexuais que sofreram – declarou.