Maduro: Movimentos sociais de 35 países estarão na posse

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“Estamos esperando por vocês”, disse o ditador venezuelano

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que movimentos sociais de todo o mundo o acompanharão no próximo dia 10 de janeiro, quando diz que será empossado como chefe de Estado reeleito, após sua alegada vitória nas eleições de julho. Embora esse resultado seja tachado como fraudulento pela oposição e questionado por vários países.

– No dia 10 de janeiro, todo o país prestará juramento de posse, com o apoio dos movimentos sociais e dos povos do mundo – afirmou o chavista em uma conversa telefônica com a emissora estatal VTV na noite deste domingo (15).

Segundo Maduro, o chavismo está “mais forte do que nunca, com mais poder popular”, enquanto “os fascistas” — sem especificar a quem se referia — “fervem de ódio” porque “gostariam de ter o país na violência”.

De acordo com o Partido Socialista Unido (PSUV), governista, “líderes sociais de 35 países comparecerão” à posse, o que foi proposto pelo Conselho de Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), que completou no último sábado (14) o 20º aniversário da sua fundação.

– Nos vemos no dia 10 de janeiro (…) estamos esperando por vocês – disse Maduro após ler a resolução adotada pelo conselho da ALBA.

Nesse sentido, o ditador ressaltou que “milhares de líderes sociais de 35 países” jurarão “junto ao povo da Venezuela pela paz e pela pátria grande”.

A menos de um mês da posse para o mandato presidencial 2025-2031, a incerteza aumenta no país, dada a postura de Maduro – a quem o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu o triunfo nas eleições – e do candidato da oposição majoritária, Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória.

O líder da maior coalizão antichavista – a Plataforma Unitária Democrática (PUD) -, que está exilado na Espanha, expressou recentemente em entrevista à Agência EFE sua intenção de viajar a Caracas para assumir o cargo.

A líder opositora María Corina Machado, principal apoiadora de González Urrutia, também disse neste domingo que Maduro está “encurralado” dentro e fora do país caribenho, e previu que “o fim” do governo chavista está “muito mais próximo do que muitos imaginam”.

*EFE

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