Lula põe Lira e Haddad em ‘saia justa’ após vetar MP que ele próprio assinou

Destaque

A decisão de vetar a própria medida provisória, taxando compras em sites que são o xodó de pessoas pobres, mostra como Lula (PT) ficou perdido com pesquisas atestando sua rejeição. Com o veto, ele tenta reverter pesquisas tipo Quaest: 55% dos brasileiros acham que ele não merece ser reeleito. Além de mostrar não saber o que faz ou assina, irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira, que, a seu pedido, enfrentou o desgaste de transformar sua MP estúpida na lei que agora quer vetar.

Culpa do Haddad

No Planalto e no Congresso, a estratégia do governo é culpar pelo erro o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Até porque a ideia foi dele mesmo.

Puxando o tapete

O maior entusiasta da ideia de Lula vetar a própria MP, que mídia amiga agora chama de “MP do governo”, é o ministro Rui Costa (Casa Civil).

Combo baiano

Com a operação, Rui Costa prega mais um prego no caixão de Haddad, com quem anda às turras, e ainda com chance de “salvar” o chefe, Lula.

Pendurado na brocha

A maior dificuldade de Lira é como dizer aos líderes que o apoiaram na aprovação da lei que Lula irá vetar a própria MP, fato inédito na História.

Deputado Aguinaldo Ribeiro, relator da reforma tributária – (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Apoio de Lula ‘rifa’ Aguinaldo da reforma tributária

Bastou Lula manifestar apoio a Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para sacramentar a exclusão do deputado do grupo de regulamentação da reforma tributária, criado na Câmara. Ribeiro foi relator e contava estar na segunda fase do projeto. Nos bastidores, se movimenta para suceder a Arthur Lira, de quem já foi rival no PP e apoiou Baleia Rossi (MDB-SP) contra o alagoano em 2021, na disputa para presidir a Câmara. Agnaldo quer o apoio do Planalto que, por ora, prefere Antônio Brito (PSD-BA).

O pecado

Antes de qualquer desenho sobre a regulamentação, Lula disse que Aguinaldo Ribeiro relator “seria ideal”. Acabou ali a chance do deputado.

Nomes demais

Lira tenta viabilizar Elmar Nascimento (União-BA) como sucessor, mesmo desagradando a Lula. A candidatura de Ribeiro não ajuda.

Campanha velada

Não passou despercebido Ribeiro na Comissão de Finanças, nesta semana, no cordão de bajuladores de Fernando Haddad (Fazenda).

Xô, Mantega

Enquanto Lula tenta barganhar o controle da Vale dificultando o acordo de indenização de R$127 bilhões para Mariana (MG), a companhia global (que é privada) contratou a Russel Reynolds, de padrão internacional, para assessorar na seleção do seu futuro presidente.

Gisele é top

Campanha de Gisele Bündchen superou (e muito) a merreca que Joe Biden mandou ao Rio Grande do Sul. São R$6 milhões da modelo contra R$100 mil do americano belicista e também mão-de-vaca.

Aloprados no poder

Ao ver déficit nominal bater os R$380 bilhões, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lembra que o Brasil não vive uma pandemia, mas diz que o País “tem uma quadrilha gastando igual aloprado”. Aí é dureza!

Lira sobrando

Nem precisava pesquisa, mas a Quaest confirmou na Câmara que Arthur Lira é aprovado pela maioria dos deputados e que ele é quem definirá o próprio sucessor. Influência bem maior que Lula e Bolsonaro somados.

Da memória não apaga

Para o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), a politicagem voltou às estatais federais, com Lula e aval do STF. “Uma vergonha internacional. Anulando tudo da Lava Jato… quero ver apagar a nossa memória”.

Nada a reclamar

Magda Chambriard deve ser referendada hoje como nova presidente da Petrobras. A executiva substitui Jean Paul Prates, que saiu após humilhante demissão por Lula. O salário passa dos R$133 mil.

Embromação

Kim Kataguiri (União-SP) cobrou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) que muito falou e pouco explicou na Câmara. “Gostou muito de lacrar”, concluiu o deputado, “mas responder perguntas, que é bom…”.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

 

 

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