Relação com o apartamento no litoral de São Paulo levou o petista a ser condenado na Operação Lava Jato, em 2018
O ex-presidente Lula (PT) pediu à Justiça de São Paulo o bloqueio de bens da empresa Metha, sucessora da construtora OAS, com a finalidade de reaver o pagamento de parcelas referentes a um apartamento no Condomínio Solaris, no Guarujá (SP). O envolvimento com o imóvel levou a investigação do petista na Operação Lava Jato. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
A OAS Empreendimentos foi condenada em segunda instância em 2021, ao lado da Bancoop, antiga dona do Solaris, a pagar R$ 815 mil a Lula. O valor é referente às parcelas que o petista e a ex-primeira-dama Marisa Letícia quitaram para adquirir o direito a ter uma unidade no empreendimento.
Já na esfera criminal, Lula foi acusado de parar de pagar as parcelas do imóvel no Guarujá depois de Léo Pinheiro, o ex-presidente da OAS, ter oferecido um triplex na cobertura do mesmo edifício como forma de propina.
O ex-presidente chegou a ser condenado e preso nesta ação, em 2018. No entanto, o processo acabou anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dois anos depois, em um entendimento do ministro Edson Fachin. Então, o caso foi enviado à Justiça Federal em Brasília para ser reiniciado, mas a prescrição dos crimes foi reconhecida pelo Ministério Público Federal (MPF).
Já na esfera cível, Lula busca uma forma de executar a sentença que impôs à empresa a restituição dos valores. A Metha é um dos desmembramentos do grupo OAS, que teve a operação abalada pelo envolvimento em casos de corrupção na Lava Jato.
Desde que foi confiscado, depois da condenação de Lula, o triplex do Guarujá passou por dois novos proprietários. Em 2018, o empresário Fernando Gontijo comprou o apartamento no leilão realizado por determinação da Justiça Federal no Paraná. Em maio deste ano, no entanto, o proprietário colocou o imóvel para sorteio em uma plataforma on-line.
REVISTA OESTE