Lula entre o presidencialismo de coalizão e o de cooptação, que rima com mensalão

Destaque
Lula durante seu primeiro discurso, na sede do governo de transição – Foto: reprodução de vídeo.

Cláudio Humberto

O fracasso de Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e outros menos votados, na articulação política para viabilizar a PEC da Transição, forçará Lula a entrar em campo tão logo receba alta médica. Até porque ele está também atrasado na montagem do governo e da base de apoio no Congresso. Seu desafio será adotar o “presidencialismo de coalizão” sem reincidir no “presidencialismo de cooptação”, que gerou o Mensalão.

Vai que…

Em Brasília, até os céticos acreditam que Lula não ousará retomar o Mensalão, comprando o apoio de parlamentares. Há precedente.

Prática reiterada

O mensalão do governo Lula era o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, até a Lava Jato revelar outro, mais grave: o Petrolão.

Teoria do injustificável

FHC criou a expressão “presidencialismo de coalizão” para justificar alianças políticas constrangedoras, no Congresso.

Dinheiro na mão

No primeiro governo, o PT confundiu coalizão com cooptação e “azeitou” as relações entre governo e Congresso com malas de dinheiro público.

Sem preparo, sonho vira pesadelo em Portugal

Viver em Portugal virou sonho de muitos brasileiros e boa parte deles tentou torná-lo realidade, mas ficaram sem condições de se manter ou de comprar passagem de volta. Especialista em Direito Internacional, o advogado Daniel Toledo cita que os consulados brasileiros na Europa já receberam cerca de 690 pedidos de auxílio de brasileiros que querem voltar ao Brasil, um terço deles (219) foram no consulado de Lisboa.

Gente demais

A busca por ajuda foi tão grande que o consulado publicou nas redes sociais que não tem como custear viagens de centenas de imigrantes.

Nas coxas

Toledo vê um problema de fiscalização. “Qualquer pessoa que tem um visto deve, obrigatoriamente, ter passagem de volta ao país de origem”.

O filho é teu

Segundo o advogado, pessoas são questionadas ao chegar e dizem não ter recursos. “Isso faz as autoridades passarem o caso aos consulados”.

Mundo invertido

Tributar consumo em vez de renda prejudica os mais pobres. Ninguém discute que combustível é bem necessário e teve a tributação limitada, mas celulares, por exemplo, sejam talvez mais essenciais atualmente e chegam a ter 68% do preço composto por impostos, segundo o IBPT.

Pensando bem…

…bom seria se o Brasil tivesse um xerife para impedir traficantes de impedir o direito de ir e vir de cidadãos do Rio de Janeiro.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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