Lula é denunciado por novo mensalão para evitar CPMI

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Petista estaria distribuindo dinheiro, via emenda parlamentar, para evitar CPMI de 8 de janeiro

Deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado federal Ubirantan Sanderson (PL-RS) enviou uma denúncia ao procurador-geral da República, Augusto
Aras, indicando que integrantes do governo Lula (PT) estão atuando, a mando do Planalto, para cooptar parlamentares, oferecendo vantagens para que estes retirem seus respectivos nomes do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro.

No documento, Sanderson destaca a possibilidade de crimes de corrupção passiva e concussão, quando um integrante do governo oferece vantagem ilícita a uma pessoa em troca de obter um proveito.

O deputado revelou que recebeu informações de que integrantes do Pode Executivo ofereceram até R$ 60 milhões em emendas para que deputados e senadores retirassem seus nomes do pedido de instalação da CPMI. E mais, as denúncias também revelam que o Planalto estaria chantageando os parlamentares sob a ameaça de não pagar as emendas aos deputados de primeiro mandato que ratificaram a investigação do Congresso.

A atividade de intermediação da vontade do governo para com os deputados e senadores fica por conta do líder do governo na Câmara, José Guimarães, e ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de acordo com Sanderson.

– A contrariedade à lei não repousa na simples concessão das emendas em si, até mesmo porque se trata de
modalidade de planejamento e execução orçamentária admitida expressamente pelo ordenamento jurídico, mas na
utilização de tal mecanismo como modo de cooptação de apoio político do Congresso – disse o deputado.

– Tal prática se assemelha ao esquema de corrupção do chamado “Mensalão”, que “coincidentemente” também ocorrera durante o governo Lula da Silva – concluiu.

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