Presidente Lula.
Na reunião que teve com lideranças do Senado, o presidente Lula foi cobrado sobre o Fundo Constitucional do Distrito Federal, inserido por deputados federais na regra fiscal aprovada na Câmara. Apesar da ampla cobertura da imprensa, ao senador Izalci (PSDB-DF) o presidente Lula disse que “não sabia” do assunto. Alertado sobre o dano que causaria ao DF, Lula, ao menos na promessa, orientou reverter o quadro.
Até parece
Não convenceu o “não sabia” de Lula, com líderes na Câmara, Senado, e Congresso, além de ministros para articulação. Quase todos presentes.
Chegou primeiro
Antecipando Lula, Omar Aziz (PSD-AM), relator do texto no Senado, articula com o presidente da Câmara, Arthur Lira, mudanças no texto.
Plano A
A orientação do governo é para tentar reverter a mudança em votação no Senado. Se não houver votos, aprovar o texto como está.
Plano B
Lula prometeu vetar a alteração, mas precisa costurar com a Câmara a manutenção do veto. A mudança retira R$ 12 bilhões do DF em 10 anos.
A MP de Lula atende ao lobby das montadoras, que, com os pátios cheios e queda na demanda, se recusam a reduzir os preços. Foto: Geison Guedes/DP.
MP do carro popular pode virar arapuca para dívida
A medida provisória de Lula para baratear os carros “populares” pode virar uma perigosa armadilha para o consumidor. O tal desconto, entre R$2 mil e R$8 mil, será vantajoso para quem puder comprar o veículo à vista, segundo admitiu nesta terça (6) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Mas quem tiver de financiar a compra, com taxa Selic a 13,75%, as simulações mostram que ao final do financiamento o carro de R$60 mil terá custado o dobro do valor atual.
Só para remediados
O problema é que, vantajosa, a compra à vista do carro com desconto será privilégio de poucos. Pobres não têm R$60 mil em conta para isso.
MP atende a lobby
A MP do presidente petista atende ao lobby das montadoras, que, com os pátios cheios e queda na demanda, se recusam a reduzir os preços.
Opções de compra
Só 37 carros (de dez montadoras) estão aptos ao desconto. A principal beneficiada é a Fiat, com onze automóveis abaixo dos R$120 mil.
A pá-de-cal
O STF anunciou para o dia 22 o julgamento ou oficialização da decisão que até os azulejos de Athos Bulcão, em Brasília, dão como certa: a decretação da inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
Máquina de moer carne
Deu o que falar a coincidência: no dia em que o STF rejeitou denúncia contra o deputado Arthur Lira, a Mesa Diretora da Câmara fez a alegria dos ministros da Corte, confirmando a cassação de Deltan Dallagnol.
A voz rouca reage
A decisão da Mesa Diretora da Câmara de confirmar a perda do mandato de Deltan Dallagnol impulsionou o abaixo-assinado pela CPI do abuso de autoridade do STF e do TSE. Já são mais de 512 mil assinaturas.
Prolongadão
O expediente de sexta-feira (9) na Câmara, que seria para inglês ver, está cancelado. A desculpa é “troca da rede de dados” marcada, por coincidência, garantindo mais um enforcadão, o feriadão esticado.
Ventriloquia na CPI
Membro da CPMI do 8 de Janeiro, o deputado Maurício Marcon (Pode-RS) contou o apelido que ironiza a atuação da relatora, Eliziane Gama (PSD-MA): “Eliziane Dino”, é como a chamam pelas costas
CPI a granel
Em semana com feriado e sem sessão da CPI do MST, a Câmara teve reuniões da CPI da Manipulação no Futebol e da CPI das Americanas, que vai investigar o rombo de R$50 bilhões na rede de lojas.
Olha ele aí
Algoz da quase cassação do correligionário Michel Temer (MDB), em 2017, o ex-deputado Sergio Zveiter, hoje filiado ao PV, reapareceu na Câmara para depor na CPI das Americanas como convidado.
Lista
Complicou ainda mais a situação de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações. A longa lista de escândalos, com uso de jatos da FAB, funcionários pessoais pagos pela Câmara, sogro usando gabinete etc., ganhou novo item: gente estranha usando o ministério para despacho.
Pensando bem…
…o desconto para caminhão pago com aumento no diesel deveria rebatizar o programa de Lula para “MP Engana que eu Gosto”.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO