O governo de Maduro expulsou funcionários da ONU do país por defenderem opositora
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (18) que não tem informações sobre a situação na Venezuela, em resposta a questionamentos sobre a expulsão de agentes do escritório de Direitos Humanos da ONU no país.
O petista foi questionado sobre o assunto durante uma entrevista coletiva realizada após a reunião da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
– Não tenho informações do que está acontecendo na Venezuela, a briga da Venezuela com a ONU – disse o político brasileiro, prometendo responder com precisão após retornar ao Brasil e se reunir com a equipe de política externa.
Em contraste com o Brasil, o Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador e Paraguai criticaram a Venezuela, expressando “profunda preocupação” com a suspensão das atividades do escritório da ONU.
ENTENDA A CRISE
O chanceler da Venezuela, Yvan Gil, anunciou nesta quinta-feira (15) que o governo decidiu suspender as atividades do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no país, instalado em 2019, e ordenou a saída dos seus funcionários em 72 horas.
A decisão foi tomada em resposta a um comunicado da entidade da ONU que manifestou “profunda preocupação” com a detenção da ativista venezuelana Rocío San Miguel, crítica do presidente Nicolás Maduro e acusada de terrorismo.
O governo venezuelano frequentemente acusa opositores de planejar golpes e até o assassinato de Maduro, acusações que são negadas pelos partidos da oposição.
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